A Aura Minerals (AURA33) busca expansão, buscando não diminuir os dividendos, e o banco identifica potencial valorização das ações

A Aura Minerals se distingue dos concorrentes do setor, mantendo o compromisso com a distribuição de dividendos.

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(Imagem de reprodução da internet).

Para converter tudo em ouro, o Rei Midas recebeu a bênção de Dionísio – pelo menos, é o que narra a lenda grega. Contudo, para a Aura Minerals (AURA33), não é necessária a intervenção divina.

A empresa de mineração tem incorporado o metal no portfólio dos investidores através de uma intensa estratégia de expansão, sem comprometer o pagamento de dividendos. E os planos têm impulsionado o desempenho das ações da Aura na visão dos analistas.

De acordo com o BTG Pactual, a empresa se distingue dos concorrentes ao manter o compromisso com a distribuição consistente de dividendos, com uma taxa de retorno de dividendos entre 8% e 10%, ao mesmo tempo em que investe no crescimento dos negócios.

Ademais, o banco ainda considera que os projetos da mineradora deverão aumentar a produção em dobro nos próximos anos.

Para os analistas, é hora de incorporar o toque de Midas na carteira: o BTG Pactual recomenda a compra das ações da AUGO, na bolsa de Nova York, com preço-alvo de US$ 40. Esse valor representa uma valorização de 50% em relação ao último fechamento.

Ressalta-se que a empresa realizou sua abertura na Nasdaq no mês passado, o que é considerado um marco importante para a visão positiva dos analistas do banco em relação à sua tese de investimento.

Aura preparada para aproveitar o ouro.

Diante de um cenário macroeconômico crescente em volatilidade e crises geopolíticas que colocam em risco a economia global, o ouro se sobressai devido ao seu caráter de ativo seguro e à sua baixa correlação com ativos de risco.

Diante da busca dos bancos centrais por diversificar suas reservas além do dólar, o BTG Pactual estima que os preços de longo prazo do metal precioso possam atingir a faixa de US$ 3 mil por onça.

Adicionalmente, o ouro atua como proteção contra a inflação e a desvalorização da moeda, sendo um ativo de reserva de valor confiável ao longo do tempo.

No entanto, para os analistas do banco, a estratégia ideal de exposição à carteira de investimentos em ouro é através da aquisição das ações da Aura. Isso se deve ao fato de a mineradora ter potencial para se beneficiar do aumento da produção de ouro nos próximos anos.

A empresa também apresenta um Custo Total de Sustentação (AISC) estimado em US$ 1.320 por onça em 2024, situando-se no 30º percentil da curva global de custos – isto significa que a Aura está entre os 30% das mineradoras que possuem os menores custos do mundo.

Devido à sua eficiência e baixo custo de produção, o BTG Pactual espera que os novos projetos da Aura aprimorem ainda mais sua posição de custo estabelecida, impulsionando uma expansão das margens.

Os projetos que brilham.

Para o banco, os projetos da Aura despertam atenção devido ao histórico da mineradora, que tradicionalmente entrega os empreendimentos dentro do prazo e do orçamento, o que sustenta a confiança na sua capacidade de alcançar as metas futuras.

Borborema, situado no Estado do Rio Grande do Norte, destaca-se entre as opções em análise. O projeto já iniciou a fase de expansão e deverá iniciar a produção em larga escala já no terceiro trimestre.

Segundo o BTG Pactual, a operação não apenas adiciona uma quantidade expressiva de ouro ao portfólio, mas também se destaca como uma das mais eficientes em termos de custo em nível global.

Adicionalmente, Borborema oferece uma oportunidade estratégica importante: o desvio de uma rodovia, o que pode liberar reservas adicionais significativas, aumentando ainda mais o potencial do empreendimento.

Após 2026, a empresa deverá priorizar dois projetos greenfield significativos: Era Dourada, em Guatemala, e Matupá, no Brasil.

O projeto Era Dourada é o pilar essencial para a expansão de longo prazo da Aura, segundo a perspectiva do banco. Ele se destaca por apresentar um teor de ouro notavelmente elevado e previsões de custos de produção entre os mais baixos do mundo.

O Matupá também é um projeto-chave, que visa proporcionar um crescimento significativo e contribuir para a otimização contínua do desempenho de custos da empresa.

A BTG continua enfatizando a exposição estratégica da Aura ao cobre, embora o foco principal seja o ouro, por meio da operação Aranzazu, no México, e do projeto de exploração Serra da Estrela, em Goiás.

A visão do banco considera que a operação adiciona uma camada de diversificação e opção de longo prazo.

Fonte por: Seu Dinheiro

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