A Azul Linhas Aéreas (AZUL4) interromperá as operações para 13 cidades brasileiras, o que resultará na extinção de 53 rotas. O anúncio foi feito na noite de domingo (10), em paralelo ao plano de recuperação judicial da empresa nos Estados Unidos.
A Azul ainda não divulgou a lista de cidades e rotas aéreas que não farão parte da operação da empresa. Contudo, estima-se uma diminuição de 10% nos voos diários, com a quantidade passando de 931 para 836.
O cardápio também será incorporado ao plano de reestruturação. As refeições a bordo serão substituídas por kits para café da manhã e lanches.
A recuperação judicial da Azul.
A companhia aérea iniciou o processo de recuperação judicial em maio. Ela foi enquadrada no Capítulo 11 da Lei de Falências dos EUA, também chamado de Chapter 11.
A Azul espera concluir o plano de reestruturação entre dezembro de 2025 e fevereiro de 2026.
A Azul comunicou, em seu comunicado sobre a decisão, que busca reforçar os principais centros de operação, incluindo Viracopos (Campinas), Confins (Belo Horizonte) e Recife.
A Azul também anunciou alterações em suas operações sazonais. Ela irá parar de voar para Paris no inverno e aumentar o número de voos para Orlando.
A Azul busca atingir uma ocupação média de 83% em seus voos. A taxa de ocupação das aeronaves varia atualmente entre 80% e 82%.
A empresa projeta ainda uma diminuição de 35% na frota existente. Paralelamente, aviões mais antigos serão substituídos por modelos recentes, da linha E2 da Embraer.
Azul avança com financiamento bilionário.
A Azul obteve aprovação judicial para financiamento de US$ 1,6 bilhão na modalidade “debtor-in-possession” (DIP), que inclui um plano para diminuir a dívida em mais de US$ 2 bilhões.
Foram estabelecidas parcerias estratégicas com credores e companhias aéreas internacionais, incluindo United Airlines e American Airlines.
As informações foram divulgadas em uma apresentação institucional de 1º de agosto. A Azul afirma que a divulgação das informações faz parte das obrigações contratuais previstas nos acordos de confidencialidade relacionados ao processo de recuperação judicial nos Estados Unidos.
Fonte por: Seu Dinheiro