A China exige que os EUA flexibilizem o controle sobre a exportação de semicondutores de inteligência artificial durante as negociações do pacote de sanções conhecido como “tarifaço de Trump”
A China não está apresentando a exportação de chips como um elemento central nas negociações com Trump pela primeira vez.
Não é somente Donald Trump que está utilizando as negociações comerciais a seu favor. A China também vem aproveitando as conversas com o presidente norte-americano para pressionar a flexibilização das restrições à exportação de chips essenciais para inteligência artificial (IA).
O governo chinês pretende incorporar a flexibilização do acordo comercial com os Estados Unidos como pré-requisito para uma possível cúpula entre Donald Trump e Xi Jinping.
A ênfase recairia sobre os chips de memória de alta largura de banda (HBM), possibilitando que a inteligência artificial realize tarefas complexas com rapidez.
Isto não é a primeira vez que Pequim sinaliza a exportação de chips como um ponto central nas negociações. Em algumas das rodadas de diálogos lideradas pelo secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, a equipe chinesa, sob a liderança do vice-primeiro-ministro He Lifeng, trouxe à tona a questão do HBM.
Quais são os interesses em jogo para a China?
A exportação de tecnologia dos Estados Unidos para a China foi proibida a partir de 2024, sob o governo de Joe Biden. O propósito da medida era restringir os progressos tecnológicos de empresas como Huawei e SMIC.
O governo Trump tem se concentrado no controle da exportação do chip H20 para a China. O modelo foi projetado pela Nvidia especificamente para o mercado chinês, após Biden anunciar as restrições.
Em abril deste ano, os Estados Unidos decretaram uma proibição para a venda da tecnologia ao gigante asiático. Contudo, após um encontro do diretor executivo da Nvidia com o republicano, licenças para o chip H20 foram autorizadas.
Ainda, segundo fontes do Financial Times, a China estaria mais preocupada com a comercialização dos chips HBM. Isso ocorre porque os controles dos EUA limitam a capacidade das empresas chinesas de desenvolver seus próprios chips de IA.
De acordo com informações do Financial Times, CNBC e Estadão Conteúdo.
Fonte por: Seu Dinheiro
