A Gol (GOLL54) mantém interesse em uma possível fusão com a Azul (AZUL4), contudo, existem requisitos para o diálogo entre as companhias aéreas

A Gol (GOLL54) enviou um comunicado informando que estava ausente nesta sexta-feira (15) aos investidores que aguardavam informações sobre o possível acordo de fusão com a Azul (AZUL4), em decorrência da publicação dos resultados do segundo trimestre de 2025.

Manuel Irarrazaval, CFO da Abra, controladora da Gol, declarou em teleconferência com analistas que ainda existe interesse na união das aéreas, uma vez que “apresenta sentido industrial e estratégico”.

Contudo, o executivo destacou que, considerando que a Azul está em seu próprio processo de recuperação judicial nos Estados Unidos – o Chapter 11 –, “as conversas precisam esperar para ver o que acontece lá”.

O diretor financeiro declarou que a Gol sempre manteve um plano independente e autônomo, que foi atingido com o encerramento do processo de recuperação judicial, sendo “o caminho principal para frente”.

A Gol anunciou hoje seus resultados do segundo semestre de 2025, o primeiro após o Capítulo 11. A companhia aérea obteve um prejuízo líquido de R$ 1,532 bilhão no período.

Apesar das perdas, estas são 60,8% menores do que as registradas no mesmo período de 2024, que apresentou um prejuízo de R$ 3,9 bilhões.

A Gol obteve um EBITDA de R$ 382 milhões no segundo trimestre deste ano, representando uma redução de 6,7% em comparação com o 2T24.

A margem EBITDA foi de 7,9% no período, uma redução de 2,5 pontos percentuais em relação ao mesmo período do ano anterior.

A receita líquida consolidada atingiu R$ 4,84 bilhões, representando um aumento de 22,9% em relação ao ano anterior, com R$ 4,32 bilhões provenientes do transporte de passageiros. Os demais R$ 59 milhões foram decorrentes do transporte de cargas e outras atividades.

A dívida líquida total da Gol no segundo semestre de 2025 alcançou R$ 26,34 bilhões, representando uma redução de 9,9% em relação ao ano anterior.

A utilização de endividamento (dívida líquida ajustada/EBITDA dos últimos 12 meses) foi de 3,7x no trimestre finalizado em junho, em comparação com 5,7x no encerramento do 1T25, “decorrente das negociações no âmbito do processo de Capítulo 11 e da sua nova estrutura de capital”.

Entre abril e junho deste ano, o total de custos e despesas operacionais somou R$ 4,43 bilhões, representando um aumento de 20,4% em comparação com os R$ 3,68 bilhões do segundo semestre de 2024.

Resultados da Gol no segundo semestre de 2025.

Com informações do Money Times

Fonte por: Seu Dinheiro