A Petrobras (PETR4) analisa a possibilidade de investir na Raízen (RAIZ4), parceria da Cosan (CSAN3) com a Shell. A companhia estaria considerando diversas opções para esta aquisição, incluindo a compra de ativos ou a participação como sócia.
A decisão que retomaria a volta da Petrobras ao setor de etanol deve ser tomada até o fim de 2025, conforme apurado pelo jornal O Globo.
A Raízen é uma das maiores produtoras de etanol de cana-de-açúcar do país e a única no mundo a produzir etanol de segunda geração em escala comercial, com 29 unidades. A empresa também atua na distribuição de combustíveis, operando a marca Shell no Brasil, Argentina e Paraguai, com mais de 8 mil postos.
A Petrobras busca obter relevância no mercado de etanol até 2029, contudo, a empresa deve alcançar esse objetivo sem infringir a cláusula de não concorrência com a Vibra (antiga BR Distribuidora) no setor de distribuição.
O jornal menciona que entre as opções estudadas para a operação com a Raízen estão a separação de ativos ou acordos específicos de gestão, além da compra de ativos isolados.
Petrobras retorna à distribuição de combustíveis.
A movimentação da Petrobras pode representar o início da retomada da distribuição de combustíveis, segundo avalia a opinião de analistas do setor. A presidente Magda Chambriard declarou que busca oportunidades para explorar diversos segmentos.
Incluem-se parcerias com empresas, abastecimentos em postos de combustíveis e venda de gás, contanto que haja contribuição para a atividade petroleira.
A Cosan procura equilibrar seu portfólio e atrair novos sócios para a Raízen. O presidente Marcelo Martins afirmou que a prioridade é diminuir o patamar de endividamento da joint venture, após a empresa registrar dívida de R$ 17,5 bilhões e prejuízo de R$ 946 milhões no segundo trimestre.
Martins afirmou, em teleconferência após a divulgação do balanço do segundo trimestre, que buscar um parceiro estratégico é uma opção que a empresa prefere.
Ele afirmou que a Cosan e a Shell buscam acelerar alternativas que estejam alinhadas às estratégias de ambas as empresas. O executivo destacou que existem mais opções disponíveis atualmente em comparação com alguns meses anteriores, mesmo considerando a volatilidade do mercado brasileiro.
Cosan, Raízen e Petrobras não divulgaram publicamente as negociações.
As informações são do O Globo.
Fonte por: Seu Dinheiro