Alívio Fiscal Aprovado: Classe Média Recebe Isenção e Impulsiona Consumo

Alívio Fiscal impulsiona consumo e beneficia classe média com nova faixa de isenção de R$ 5 mil e redução de até R$ 7.350. Economistas projetam impacto de R$ 20 a R$ 28 bilhões

09/11/2025 11:28

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(Imagem de reprodução da internet).

Alívio Fiscal Promete Impulsionar Consumo e Beneficiar Classe Média

Uma nova faixa de isenção de imposto de renda, que inclui salários de até R$ 5 mil mensais e redução de tributação até R$ 7.350, deve impulsionar o consumo e beneficiar a classe média no próximo ano. Economistas projetam que a medida, aprovada pelo Congresso e aguardando sanção presidencial, pode injetar entre R$ 20 bilhões e R$ 28 bilhões na economia em 2026.

Estudo Aponta Benefício Principal para o Meio da Pirâmide Social

Segundo um estudo da Tendências Consultoria, obtido pelo GLOBO, o impacto da mudança será mais significativo para o grupo central da pirâmide social, ou seja, para o meio da classe média. A nova faixa de isenção substitui o limite anterior de R$ 3.036, que equivalia a dois salários mínimos.

Perfil dos Beneficiados e Impacto Financeiro

A maioria dos que se beneficiarão da medida está localizada na região Sudeste (51%), principalmente em São Paulo, e possui um perfil típico de classe média: empregados formais com ensino superior completo e renda familiar estável. Thiago Xavier, consultor da Tendências, ressalta que “essas pessoas estão longe de serem pobres”.

Exemplo de Impacto Individual

Fernanda Martins, 32 anos, coordenadora de uma escola municipal no Rio, é um exemplo prático. Ela informou que deixará de pagar cerca de R$ 230 mensais em imposto. “Esse dinheiro vai me permitir investir num imóvel com mais segurança e lidar melhor com imprevistos”, afirma.

Projeções e Considerações Econômicas

O economista Marcos Pazzini, da IPC Marketing, avalia que o efeito da medida será sentido gradualmente, pois parte das famílias tende a usar o alívio tributário para quitar dívidas antes de aumentar o consumo. “Com o endividamento ainda alto, essas famílias devem equilibrar as contas e, só depois, voltar às compras”, avalia.

Estimativas e Perspectivas

A Tendências Consultoria projeta um impacto de R$ 20 bilhões no consumo, enquanto o FGV Ibre estima R$ 28 bilhões e o Made/USP, entre R$ 23 bilhões e R$ 27 bilhões. O pesquisador Guilherme Klein, da USP, considera que a mudança torna o sistema tributário “um pouco mais progressivo”, mas ainda distante do ideal.

Apoio Popular e Implicações Políticas

A medida conta com amplo apoio popular: 79% dos eleitores aprovam a mudança, segundo pesquisa Quaest/Genial de outubro. Para o cientista político Felipe Nunes, 90% dos entrevistados acreditam que a mudança trará alguma melhora em sua situação financeira. “Se a eleição fosse hoje, haveria reflexo positivo para Lula”, avalia Nunes.

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