Amazon enfrenta crise: consumidores querem cancelar Prime e empresa deve reembolsar US$ 2,5 bilhões

Amazon deve reembolsar clientes e simplificar cancelamento de assinaturas Prime nos EUA.

26/09/2025 11:27

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Amazon enfrenta crise: consumidores querem cancelar Prime e empresa deve reembolsar US$ 2,5 bilhões
(Imagem de reprodução da internet).

Amazon Paga Billão para Acabar com Acusação de Dificuldade no Cancelamento do Prime

A gigante Amazon desembolsou uma quantia recorde de US$ 2,5 bilhões para encerrar um longo e complexo julgamento nos Estados Unidos. A acusação central girava em torno da prática de dificultar o cancelamento da assinatura do Amazon Prime, apresentando-se como um “botão clique aqui para cancelar” inexistente.

Segundo a Comissão Federal de Comércio (FTC), a empresa teria utilizado estratégias enganosas, como pop-ups insistentes e botões disfarçados, para induzir milhões de consumidores ao Amazon Prime sem explicar adequadamente os termos de cancelamento, transformando o processo em um labirinto digital.

Detalhes do Acordo Financeiro

De acordo com o acordo, US$ 1,5 bilhão será destinado ao reembolso de aproximadamente 35 milhões de clientes americanos que aderiram ao Prime entre 2019 e 2025. O valor médio individual de cada reembolso varia entre US$ 42 e US$ 51, sendo automático para aqueles que utilizaram pouco os benefícios do programa e mediante solicitação para quem utilizou até dez vezes.

Resposta da Amazon e Perspectivas Futuras

A Amazon não admitiu culpa, mas concordou com o acordo para “seguir em frente”. O porta-voz Mark Blafkin garantiu que a empresa já trabalha para tornar os processos de adesão e cancelamento “mais claros e simples”. Além disso, a empresa concordou em reembolsar automaticamente os clientes que utilizaram os benefícios Prime menos de três vezes ao longo de um ano após a inscrição.

Implicações e Questionamentos

O processo, iniciado em 2023 sob o governo Joe Biden, culminou com a maior multa civil da história da FTC. No entanto, críticos argumentam que o acordo foi insuficiente, pois a agência abriu mão de insistir na regra do “Clique para Cancelar”, que obrigava as empresas a oferecer uma saída simples para assinaturas online.

A situação levanta a questão de se a Amazon também implementará mudanças para simplificar o cancelamento do Prime em outros mercados, como o Brasil e o Reino Unido, ou se os consumidores continuarão enfrentando um processo complexo e demorado.

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