Ambev enfrenta queda nas vendas por inverno e crise econômica no Brasil

Ambev (ABEV3) registra queda de 7,7% nas vendas devido ao inverno e crise econômica. Venda de 42,42 milhões de hectolitros impactou Brasil, América Latina e Caribe

2 min de leitura

(Imagem de reprodução da internet).

O inverno prolongado e as dificuldades financeiras dos consumidores impactaram negativamente as vendas da Ambev (ABEV3) no Brasil, principal mercado da empresa. O volume de cervejas vendido diminuiu 7,7% no segmento de cervejas, com uma queda total de 5,9% para 42,42 milhões de hectolitros, afetando todas as unidades de negócio da companhia, incluindo Brasil, América Central e Caribe, América Latina Sul e Canadá.

A redução nas idas a bares e restaurantes, impulsionada pelo clima frio e pela falta de recursos financeiros, representou um dos principais fatores de declínio. A indústria de bebidas destiladas também enfrentou problemas devido à crise de adulteração, que causou preocupações e afetou o consumo.

A Ambev atribuiu 70% da queda de volume ao clima, com invernos mais frios no Sul e Sudeste, em comparação com anos anteriores com invernos mais quentes. Além disso, o orçamento mais apertado dos consumidores contribuiu para a diminuição do consumo de bebidas fora de casa.

Fatores Contribuindo para a Queda

A combinação de um inverno mais frio e a situação econômica dos consumidores resultou em menos ocasiões de consumo fora de casa, o que impactou significativamente o mercado de cerveja no Brasil, que depende fortemente de bares e restaurantes.

Resposta da Ambev

Apesar dos desafios, a Ambev acredita que seu portfólio diversificado, que inclui bebidas populares e cervejas premium, ajudou a mitigar o impacto da queda nas vendas. A empresa também expressou confiança em aproveitar as oportunidades de consumo durante a Copa do Mundo e os feriados, além de um novo programa de recompra de ações.

Perspectivas e Análises de Mercado

Analistas do Bradesco BBI observaram que, embora os números tenham sido superiores às expectativas, a Ambev demonstrou capacidade de proteger suas margens através da gestão eficiente de custos e despesas, além de iniciativas de premiumização e digitalização.

No entanto, a casa permanece atenta à fraqueza do consumo no Brasil e à volatilidade na Argentina.

A XP Investimento, por outro lado, tem uma visão mais pessimista, destacando o desempenho fraco da empresa e o elevado múltiplo de avaliação.

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