Ambipar: Ações despencam 60% e atingem mínima histórica; empresa busca proteção judicial
A empresa buscou medida cautelar para impedir cobranças antecipadas de credores, estratégia comum em processos de recuperação judicial.

Queda Drástica nas Ações da Ambipar
As ações da Ambipar registraram uma queda expressiva nesta quinta-feira (2), fechando com uma desvalorização de 61,48%, cotadas a R$ 2,75, atingindo uma mínima histórica nominal. O desempenho negativo acumulado demonstra uma preocupação crescente do mercado com a situação da empresa .
Análise do Cenário de Mercado
O papel acumulou uma perda de 78,85% no ano e um recuo de 67,76% no mês, refletindo um cenário de instabilidade e incertezas em torno da companhia. A alta liquidez observada nas negociações, que movimentaram R$ 64,7 milhões, superou o giro de quarta-feira (1º), de R$ 35,7 milhões, indicando um interesse significativo dos investidores.
Problemas no Fundo de Investimento
A situação do Fênix Fundo de Investimento em Direitos Creditórios não Padronizados, um dos principais pontos de vulnerabilidade da Ambipar, foi detalhada por apurações do jornal Valor Econômico. O fundo enfrentou perdas na rentabilidade de suas cotas, resultando no aumento de provisões contra calotes e na aprovação de uma captação de R$ 1,2 bilhão.
Mudanças e Nome do Fundo
A empresa realizou alterações significativas no nome do fundo, que passou por duas mudanças em um curto período. Inicialmente, foi denominado Fênix, posteriormente, mudou para América do Norte Fundo de Investimento em Direitos Creditórios não Padronizados, e, no dia seguinte, retornou ao nome Fênix. Essas alterações refletem a complexidade da situação financeira do fundo.
Ações da Empresa e Recuperação Judicial
Diante da crise, a Ambipar buscou proteger-se contra cobranças de seus credores, através de um pedido cautelar antecedente à recuperação judicial . Além disso, contratou o BR Partners, banco de investimento, para assessorar financeiramente a empresa, conforme apurações do jornal Valor Econômico.