Análise de FIIs em Novembro: Volatilidade, FIIs de Escritórios e Recomendações de Investimento

FIIs em alta em novembro: Volatilidade e expectativas para dezembro! Analista Caio Araújo destaca incertezas nos EUA e BC, impulsionando o IFIX. FIIs de escritórios se destacam, enquanto crédito imobiliário enfrenta desafios. Recomendações para dezembro e diversificação da carteira

08/12/2025 10:04

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(Imagem de reprodução da internet).

Análise de FIIs em Novembro: Volatilidade e Expectativas para Dezembro

Após um mês de novembro caracterizado por grande instabilidade no mercado de fundos imobiliários (FIIs), o analista Caio Araújo da Empiricus Research destaca dois fatores cruciais que influenciaram o desempenho do setor. Nos Estados Unidos, a falta de divulgação de dados econômicos durante o período de paralisação do governo aumentou a incerteza sobre a velocidade com que o Federal Reserve (Banco Central) reduziria as taxas de juros.

No Brasil, a atenção se concentrava na possibilidade de o Banco Central iniciar um ciclo de cortes na taxa Selic em janeiro.

A combinação dessas incertezas gerou ansiedade entre os investidores, que esperavam um ambiente mais favorável para os negócios caso a Selic recuasse, como se previa. Esse cenário impulsionou o desempenho positivo do IFIX, que avançou 1,86%, marcando sua quarta alta consecutiva no mês.

Desempenho Setorial: FIIs de Escritórios em Ascensão

Dentro do setor de FIIs, os fundos de escritórios se destacaram com um desempenho superior. Caio Araújo observou um “catch up” (recuperação) em novembro, ressaltando que o setor havia perdido relevância na indústria devido aos desafios dos últimos anos.

No entanto, a parte operacional, especialmente na cidade de São Paulo, apresentou melhorias, com a vacância em declínio e os preços dos aluguéis subindo gradualmente.

Crédito Imobiliário em Dificuldade

Em contraste, o setor de crédito imobiliário, particularmente os fundos indexados à inflação, teve um desempenho inferior. A causa principal foi um recuo nos rendimentos desses fundos, devido à correção monetária do crédito, que estava atrelada à inflação.

Com a inflação sob controle, alguns investidores retiraram seus investimentos desses fundos, buscando alternativas mais atraentes em um cenário de queda de juros.

Perspectivas para 2026 e o Impacto da Selic

Caio Araújo acredita que o ritmo de corte da Selic continuará influenciando os preços dos ativos, e os fundos de tijolos (aqueles que investem em imóveis físicos) tendem a se beneficiar desse cenário. Ele prevê um equilíbrio maior entre a renda fixa e a renda variável, uma revisão dos preços dos ativos (reavaliação), e o surgimento de fusões e aquisições, o que tornaria os fundos de tijolos mais atraentes.

Recomendações para Dezembro e Diversificação da Carteira

Apesar das perspectivas positivas, o analista ressalta a importância da diversificação. Ele considera que os fundos de crédito atrelados à inflação ainda são uma opção interessante para investidores que buscam proteção contra a inflação em um cenário de queda de juros.

Ele sugere uma troca de ativos, com a saída do fundo Alianza (ALZR11) e a entrada no Kinea Renda Imobiliária (KNRI11), devido à previsibilidade de aluguéis, boa parte de contratos atípicos e potencial de ganho de capital.

Análise Macroeconômica e Recomendações de Investimento

Para auxiliar os investidores, a equipe da Empiricus disponibilizou um relatório gratuito com as principais teses de investimento para dezembro, incluindo uma análise macroeconômica. O acesso completo ao relatório está liberado através do botão abaixo.

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