Analistas preveem terceiro trimestre mais fraco com tarifas EUA

Analistas alertam: 1º trimestre terá impacto total das tarifas americanas, iniciadas em agosto.

22/10/2025 12:29

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Analistas preveem terceiro trimestre mais fraco com tarifas EUA
(Imagem de reprodução da internet).

Desaceleração nos Balanços de Empresas Abertas

A temporada de balanços do terceiro trimestre deverá ser caracterizada por uma desaceleração nos resultados de empresas de capital aberto, tanto aquelas dependentes do mercado doméstico quanto as voltadas para a exportação. Essa tendência se deve aos efeitos persistentes dos juros elevados e aos impactos das tarifas de importação impostas pelo governo dos Estados Unidos.

Este será o primeiro trimestre completo com os efeitos das tarifas americanas, que entraram em vigor em agosto. Apesar do tema ter sido notório, a alta taxa de isenções propostas pelo governo de Donald Trump diminuiu sua relevância, limitando seu impacto a setores específicos.

“O tema continuará a aparecer, porém com menor intensidade”, declarou André Mazini, chefe de análise do Citi, em entrevista ao Valor Econômico. “Será importante analisar as estratégias implementadas para minimizar esses efeitos.”

Impacto nas Empresas Específicas

O BTG Pactual projetou que o impacto total das tarifas na Embraer (EMBR3) ao longo do segundo semestre deverá variar entre US$ 50 milhões e US$ 60 milhões. A projeção considera o bom volume de pedidos e entregas da fabricante brasileira de aeronaves.

Em divulgado na última segunda-feira (20), a Embraer informou que sua carteira de pedidos atingiu um valor recorde de US$ 31,3 bilhões.

Análise de Estratégias Empresariais

Em relação à WEG (WEGE3), Tupy (TUPY3) e Iochpe-Maxion, os analistas se concentrarão nas estratégias adotadas para transferir parte da produção para países com bases tarifárias menores que a do Brasil, bem como nos custos associados a esses movimentos.

“O impacto das tarifas será mais específico para alguns setores e perdeu relevância para o resultado consolidado da bolsa após a redução das alíquotas em julho”, avaliou Daniel Gewehr, estrategista-chefe do Itaú BBA. “A ênfase nesta temporada será na geração de caixa operacional, considerando o cenário atual.”

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