Redução na Conta de Luz Brasileira em Outubro
Os brasileiros verão uma leve melhora em suas contas de luz no próximo mês de outubro. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou a redução da bandeira tarifária de energia, que passará do patamar 2 para o patamar 1.
Essa mudança representa um adicional de R$ 4,46 por cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos. Essa redução se compara aos meses de agosto e setembro, indicando uma melhora em relação aos custos de energia para os consumidores.
Causas da Mudança Tarifária
A decisão da Aneel foi motivada pelo baixo volume de chuvas, o que impacta negativamente o nível dos reservatórios das usinas hidrelétricas, responsáveis pela maior parte da geração de energia no país. Essa situação exige o acionamento de usinas termelétricas, que possuem um custo de produção mais elevado.
A utilização das termelétricas é justificada pela natureza intermitente da energia solar e pela necessidade de garantir o fornecimento de energia, especialmente nos horários de pico de consumo. A Aneel ressaltou que a energia solar não injeta continuamente energia no sistema elétrico.
Projeções e Expectativas do Mercado
Os operadores do mercado de energia já antecipavam essa mudança. As projeções da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) indicavam uma possível redução da bandeira tarifária, ou sua manutenção no patamar vermelho 2. Essa expectativa se baseava na piora das previsões de chuva desde fevereiro.
Outro fator relevante é o aumento do Preço de Liquidação de Diferenças (PLD), que reflete o custo da energia a ser produzida em determinado período. Dados da consultoria Dcide apontam que o preço de referência da energia elétrica convencional para os próximos três meses ultrapassou R$ 300,00 por megawatt-hora (MWh).
Histórico das Bandeiras Tarifárias
O sistema de bandeiras tarifárias, criado em 2015, visa informar os consumidores sobre os custos da geração de energia no país e mitigar os impactos nos orçamentos das distribuidoras de energia. Antes, o custo da energia era repassado apenas no reajuste anual das empresas, com a incidência de juros.
Atualmente, os recursos são transferidos mensalmente às distribuidoras por meio da “conta Bandeiras”, proporcionando maior transparência e controle dos custos de energia para os consumidores brasileiros.