Aquisição do Banco Master pelo BRB pode enfim acontecer; Câmara Legislativa do DF autoriza, ainda restando a aprovação final da operação

A Master continua a depender da aprovação do Banco Central e corre o risco de uma denúncia de inadimplência e mascaramento de dívidas, o que pode impedi…

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A Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) aprovou, na terça-feira (19), o projeto de lei que autoriza o Banco de Brasília (BRB) adquirir o Banco Master. Segundo comunicado da instituição federal, a proposta possibilita que o BRB compre 58% do capital social do Master, correspondendo a 49% das ações ordinárias e 100% das preferenciais.

Foram removidos dispositivos que permitiam a autorização de participação em outras instituições financeiras. A operação ainda necessita da sanção do governador Ibaneis Rocha e da aprovação final do Banco Central.

Conforme informação da colunista Mariana Barbosa, do UOL, a autarquia aguardaria o parecer da CLDF para autorizar a aquisição.

O BRB é um banco público, e o governo do Distrito Federal é seu principal acionista, com uma participação majoritária de 71,9% das ações. Desta forma, o governador Ibaneis Rocha agiu rapidamente ao propor um projeto de lei à Câmara que autoriza o BRB a adquirir participações em outras instituições financeiras.

Inicialmente, a transação anunciada em março incluía R$ 50 bilhões em ativos, excluindo R$ 23 bilhões considerados de baixa liquidez ou problemáticos. Contudo, nas negociações finais com o BC, a proporção de ativos foi alterada: o BRB ficará com R$ 25 bilhões, deixando R$ 48 bilhões fora da operação.

A saída de Augusto Lima, sócio de Daniel Vorcaro, que possuía aproximadamente 35% da Master, também representou um fator determinante para o encerramento do negócio.

O Banco Master enfrenta novos desafios.

Ainda que a análise do Banco Central esteja iminente, o Banco Master enfrenta outros desafios.

A JM Nascimento Construtora denuncia o Banco Master por falta de pagamento de valores milionários referentes a serviços de captação de clientes para crédito consignado.

A construtora alega que o Master diminuiu a comissão e condicionou o pagamento à conclusão da venda ao BRB. Os fornecedores também afirmam que o Master esconde passivos em seus balanços para aparentar maior solidez na transação com o banco estatal.

A JM Nascimento solicitou a interrupção das vendas e a remoção dos administradores do Master. O Banco Master rejeita as alegações, considerando-as “maliciosas” e com “intenção de extorsão”.

A análise do Banco Central sobre a representação, protocolada em 22 de julho. Caso o BC decida abrir um processo por “gestão temerária”, a operação de venda pode ser interrompida e os envolvidos podem ser impedidos de atuar no sistema financeiro.

Fonte por: Seu Dinheiro

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