Arandu Partners assume controle da Reag após compra de 87,4% do capital
Arandu Partners assume controle da Reag, detendo 87,4% do capital da empresa. A operação marca novos rumos para a Reag.
Reag Investimentos Troca de Controle em Mudança Polêmica
Uma das maiores gestoras independentes do país, a Reag Investimentos, que recentemente enfrentou uma polêmica, formalizou uma mudança de controle. A empresa anunciou, na última terça-feira (14), que a Arandu Partners adquiriu o controle da empresa.
A Arandu Partners, formada pelos principais executivos da Reag, adquiriu aproximadamente 87,4% do capital votante da gestora. A transação representa uma nova fase para a Reag Investimentos.
A mudança ocorre em um contexto delicado, após a Reag ter sido envolvida na Operação Carbono Oculto. A investigação policial revelou o possível envolvimento de agentes da Faria Lima com o crime organizado, gerando grande repercussão no mercado financeiro.
Segundo o comunicado oficial enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a Arandu acredita que a operação permitirá a continuidade dos negócios da Reag, protegendo o interesse social a longo prazo.
O acordo inclui o pagamento de R$ 100 milhões para quitar dívidas relacionadas a aquisições anteriores de subsidiárias. Além disso, a Arandu estipula pagamentos contingentes de 5% da receita líquida mensal por 60 meses.
Com a mudança de comando, a Reag deixa de ser parte do Grupo Reag. Os novos donos já sinalizaram os próximos passos, incluindo a realização de uma oferta pública de aquisição (OPA) pelas ações dos acionistas minoritários. Detalhes sobre a OPA serão divulgados em breve.
A Arandu planeja continuar com a estratégia de atuar como holding de gestoras de recursos de terceiros. Os novos controladores também preveem o cancelamento do registro de companhia aberta da Reag em um ano.
A Reag também planeja convocar uma assembleia geral extraordinária (AGE) para discutir mudanças no nome da companhia. As controladas da empresa já iniciaram o processo de rebranding.
A mudança de controle na Reag ocorreu após a empresa ter sido diretamente afetada pela Operação Carbono Oculto. Em agosto, a Polícia Federal investigou a Reag como parte de um esquema de lavagem de dinheiro envolvendo R$ 23 bilhões em transações ilícitas, com foco em fintechs, corretoras e gestoras de investimentos.
