Ataque Cibernético Histórico Paralisa Jaguar Land Rover e Causa Prejuízos Bilionários

Ataque Cibernético de Magnitude Histórica Afeta Jaguar Land Rover

A Jaguar Land Rover (JLR) enfrentou o maior ataque cibernético da história do Reino Unido, ocorrido em setembro. O incidente, que paralisou a produção da montadora por um mês, levanta questões sobre a capacidade das empresas de responder a crescentes ameaças online.

Segundo a BBC, a JLR não produziu nenhum veículo durante o mês de setembro, devido ao ataque.

Impacto Econômico e Interrupção Operacional

O ataque forçou a empresa a desligar seus sistemas de TI em todas as fábricas localizadas em diversos países. O prejuízo estimado é de £1,9 bilhão (R$ 13,44 bilhões), conforme avaliado pelo Centro de Monitoramento Cibernético (CMC), uma entidade sem fins lucrativos que analisa riscos de ataques cibernéticos no Reino Unido.

A empresa ainda está em processo de retomada gradual das operações.

Ameaças Cibernéticas em Ascensão no Reino Unido

Edward Lewis, diretor do Centro de Monitoramento Cibernético, classificou o caso como “um evento macroeconômico muito sério para o Reino Unido”. O ataque se soma a um aumento significativo de crimes cibernéticos no país, com média de quatro ataques por semana, segundo o Centro de Segurança Cibernética Nacional (NCSC).

Em outubro, a organização emitiu um alerta para empresas do FTSE 350, alertando para a necessidade de ação imediata.

Envolvimento de Grupos Hackers e Ações Governamentais

O ataque à JLR foi atribuído ao grupo Scattered Lapsus$, uma colaboração entre três coletivos, incluindo Scattered Spider, que está sob investigação pela Agência Nacional do Crime por ataques a empresas como Marks & Spencer e Co-op. O governo inglês também interveio, oferecendo uma garantia de empréstimo de £1,5 bilhão (R$ 10,6 bilhões) para auxiliar a JLR na retomada da produção e facilitar o acesso a crédito.

Implicações para a Indústria Automotiva e a Economia Britânica

A JLR é responsável por 4% de todas as exportações de bens do Reino Unido. A empresa não possuía seguro contra ataques cibernéticos no momento do incidente. O governo inglês busca mitigar os impactos econômicos, que incluem quedas nas vendas, redução de lucros e prejuízos a fornecedores e negócios locais.