Azul (AZUL4) recebe notificação da B3 sobre ação com valor inferior a R$ 1; compreenda

A empresa aérea comunicou que possui até 4 de fevereiro de 2026 para solucionar a questão na B3.

15/08/2025 19:21

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A Azul (AZUL4) teria tranquilidade, mas a B3 chamou a atenção da companhia aérea na noite de hoje (15) devido ao seu status de ação de baixo valor na bolsa brasileira nas últimas 30 dias.

Desde o dia 14 de julho, as ações AZUL4 estão sendo negociadas abaixo de R$ 1. Com o aviso da B3, a companhia aérea tem até 4 de fevereiro de 2026 para retornar ao valor mínimo exigido para negociação.

A Azul comunicou à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) que tomou conhecimento da notificação e “adotará as medidas necessárias” no âmbito do processo de recuperação judicial nos Estados Unidos – o temido Capítulo 11.

As ações encerraram a sessão de hoje negociadas a R$ 0,58 com uma queda de 4,92%. No ano, a desvalorização atinge 83,62%.

A regulamentação da bolsa de valores brasileira determina que títulos de empresas listadas não podem ser negociados por mais de 30 dias seguidos com preços de centavos. A consequência da não resolução dessa situação é a exclusão das ações do mercado.

A empresa poderá também ser obrigada a realizar um agrupamento de ações para adequar o valor de mercado dos papéis e evitar a sanção.

Azul registra resultados positivos e divulga lucro de bilhões no segundo semestre de 2025.

A comunicação da B3 ocorre em um momento em que a Azul obteve um lucro líquido de R$ 1,29 bilhão no segundo trimestre de 2025, revertendo o prejuízo de R$ 3,5 bilhões registrado no mesmo período de 2024, conforme os resultados divulgados na última quinta-feira (15).

A empresa aérea ainda registra uma perda líquida de R$ 475,8 milhões no período.

Apesar de ainda com prejuízo, o resultado demonstra uma melhora de 29% em relação às perdas ajustadas de R$ 669,7 milhões registradas no ano anterior.

O EBITDA, indicador utilizado para mensurar a geração de caixa de uma empresa, cresceu 9% em relação ao ano anterior, atingindo R$ 1,1 bilhão. A margem EBITDA ficou em 23%.

A receita operacional da empresa alcançou R$ 4,9 bilhões no período de abril a junho, representando um aumento de 18% em relação ao mesmo período de 2024, e um novo recorde histórico para o faturamento no segundo trimestre.

A Azul atribui o crescimento à elevada demanda, à maior participação no mercado internacional, ao desempenho das unidades de negócios e à otimização da malha aérea.

Fonte por: Seu Dinheiro

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