B3 e Instituto Locomotiva: Avanço na Diversidade Corporativa no Brasil

Avanços na Diversidade Corporativa no Brasil

Um estudo revelou que 77% das empresas listadas na bolsa de valores do Brasil estão em conformidade com os critérios de diversidade estabelecidos no Anexo ASG. Essa pesquisa, denominada “Lideranças Plurais”, foi conduzida em parceria com o Instituto Locomotiva, utilizando dados de 341 empresas listadas.

O levantamento aponta que cada uma dessas companhias possui pelo menos um membro de grupos sub-representados – incluindo mulheres, pessoas negras, pardas ou indígenas, integrantes da comunidade LGBTQIA+ ou pessoas com deficiência – em seus conselhos de administração ou diretorias estatutárias, conforme registrado em seus Formulários de Referência, documentos públicos entregues anualmente pelas empresas de capital aberto.

Metodologia do Estudo

O estudo “Lideranças Plurais” foi realizado em parceria com o Instituto Locomotiva, utilizando dados de 341 empresas listadas na bolsa de valores do Brasil. O levantamento aponta que cada uma dessas companhias possui pelo menos um membro de grupos sub-representados – incluindo mulheres, pessoas negras, pardas ou indígenas, integrantes da comunidade LGBTQIA+ ou pessoas com deficiência – em seus conselhos de administração ou diretorias estatutárias, conforme registrado em seus Formulários de Referência, documentos públicos entregues anualmente pelas empresas de capital aberto.

Aumento na Representatividade

Em 2025, observou-se um crescimento na adesão das empresas listadas à pauta da diversidade na alta liderança, especialmente em relação ao gênero. Esse engajamento é notável quando comparado com os dados de 2021, o primeiro ano em que a B3 começou a mapear dados de diversidade para iniciar as interações com o mercado sobre o Anexo ASG.

Nas diretorias estatutárias, o percentual subiu de 47% em 2024 para 52% em 2025. Já nos conselhos de administração, o percentual cresceu de 66% para 69%.

“Notamos um crescimento gradual na adesão das companhias listadas à pauta da diversidade na alta liderança, especialmente em matéria de gênero,” comentou Flávia Mouta, diretora de Emissores e Relacionamento da B3, em entrevista ao BP Money.

“Tanto na diretoria estatutária, quanto no conselho de administração, percebemos um crescimento importante da presença feminina: o percentual de diretorias com pelo menos uma mulher passou de 39% para 46% entre 2021 e 2025.”

Dados de 2021 e 2025

Em 2021, 61% das empresas não tinham diversidade de gênero em sua diretoria estatutária; hoje, esse número caiu para 54%.

Em 2025, a presença feminina nos conselhos de administração aumentou de 55% para 65%, e nos conselhos de administração, de 55% para 69%.

Representatividade Racial e de Pessoas com Deficiência

Apesar dos avanços na diversidade de gênero, a ampliação da representatividade racial e de pessoas com deficiência continua sendo um desafio. Em 2025, apenas 17% das companhias listadas na B3 declararam ter pelo menos um integrante pardo em sua diretoria estatuária, e apenas 1% reportou a presença de pessoas pretas.

Em relação a pessoas com deficiência, apenas 3% das empresas listadas contam com ao menos um membro PCD em seus conselhos ou diretorias estatutárias.

Conclusão

A B3, em parceria com o Instituto Locomotiva, tem incentivado a diversidade corporativa no Brasil, através do Anexo ASG e de outras iniciativas. A bolsa de valores tem criado estratégias para incentivar o cumprimento do Anexo ASG, como o modelo “pratique ou explique”, que exige que as empresas justifiquem a não implementação de medidas de diversidade.

A B3 tem promovido programas de formação de lideranças, como o Programa de Diversidade em Conselho (PDeC) e o Programa de Equidade Racial em Conselho (PERC), realizados em parceria com o IBGC e que visam ampliar a representatividade nos conselhos de administração.