Banco Central acompanha de perto inflação nos EUA e decisões globais nos mercados

Os mercados financeiros iniciam a sessão de quinta-feira (18) com uma postura cautelosa, acompanhando a dinâmica econômica tanto no Brasil quanto no cenário internacional. No Brasil, a expectativa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) para 2025 foi revisada para cima, enquanto no exterior, investidores monitoram dados de inflação nos Estados Unidos e decisões de política monetária na Europa e no Reino Unido.

A revisão da projeção do PIB brasileiro para 2025, de 2,0% para 2,3%, e para 2026, de 1,5% para 1,6%, conforme detalhado no Relatório de Política Monetária, indica uma leitura de maior resiliência da economia nacional, apesar dos altos juros e incertezas externas.

Essas novas projeções serão discutidas pelo presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, e pelo diretor de Política Econômica, Diogo Guillen, ao longo do dia.

Inflação nos EUA e Decisões do Federal Reserve

Nos Estados Unidos, o mercado aguarda a divulgação do Índice de Preços ao Consumidor (CPI), com a expectativa de que a inflação tenha atingido o maior nível em um ano e meio. Este dado é crucial para as apostas sobre os próximos passos do Federal Reserve.

Volatilidade no Setor de Tecnologia

A volatilidade recente no setor de tecnologia, devido a desafios em projetos de inteligência artificial, impactou negativamente as ações de grandes empresas e contribuiu para a aversão ao risco nos índices norte-americanos.

Mercados Europeus e Decisões de Bancos Centrais

As bolsas europeias operam em alta, impulsionadas pela expectativa de decisões de política monetária na região. O Banco Central Europeu deve manter a taxa de juros em 2%, enquanto também são aguardadas as decisões dos bancos centrais da Suécia e da Noruega, com taxas de 1,75% e 4%, respectivamente.

O Banco da Inglaterra é o foco principal, com a possibilidade de um corte na taxa de juros, estimado em 0,25 ponto percentual, para 3,75%.

Mercados Asiáticos e Decisões do Banco do Japão

Na Ásia-Pacífico, os mercados encerraram o pregão sem direção clara, com um viés positivo. O Banco do Japão iniciou uma reunião de dois dias e pode elevar a taxa de juros para 0,75%, o maior nível em três décadas.

Os futuros de Wall Street sobem antes da divulgação do CPI, sinalizando uma tentativa de recuperação após a sessão anterior. Investidores avaliam os impactos recentes no setor de tecnologia e aguardam os dados de inflação.

O Ibovespa e o dólar comercial encerraram a sessão anterior em queda e alta, respectivamente. O Ibovespa fechou com baixa de 0,79%, aos 157.327,26 pontos, e o dólar comercial teve a quarta alta consecutiva, avançando 0,73%, a R$ 5,422.