Banco Central autoriza retorno do nome Letsbank ao BlueBank em decisão polêmica

Banco Central autoriza retorno de nome anterior do BlueBank. Autoridade monetária dá aval para que banco retome nome Letsbank, após mudança administrativa.

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(Imagem de reprodução da internet).

Banco Central Autoriza Retorno de Nome Anterior do BlueBank

O Banco Central concedeu autorização ao banco BlueBank para retomar a utilização do nome anterior, Letsbank. A decisão foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) nesta quarta-feira (29), assinada pela chefe do Departamento de Organização do Sistema Financeiro, Carolina Pancotto Bohrer.

A mudança ocorre após a rebatização do banco em março deste ano, quando o banco passou a ser administrado por Maurício Quadrado, ex-sócio do Banco Master.

Maurício Quadrado adquiriu o BlueBank (anteriormente Letsbank) em novembro do ano passado. A aquisição havia recebido a aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), mas ainda necessitava da autorização do Banco Central para iniciar suas operações.

O Banco Central negou a transferência de controle do BlueBank para Maurício Quadrado. Em outubro, o Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, havia reportado essa decisão, indicando que a autorização para a operação estava sendo analisada pela autoridade monetária.

O BlueBank foi fundado por Daniel Vorcaro, também fundador do Banco Master. A especulação sobre a aprovação do Banco Central para a operação aumentou devido à situação do grupo financeiro, que estava sob análise pela potencial venda de ativos para o Banco de Brasília (BRB).

A autorização do Banco Central era uma condição essencial para a venda do BlueBank, permitindo que Maurício Quadrado desistisse da aquisição ou tentasse repassá-lo a um terceiro interessado. A operação só poderia ser iniciada com o aval da autoridade monetária.

O Banco Central tomou a decisão antes da análise final do caso. O BlueBank recorreu da decisão, mas perdeu o recurso.

Em setembro, o Banco Central rejeitou a compra do Banco Master pelo Banco de Brasília (BRB). A decisão finalizava o negócio, anunciado em março deste ano. A aquisição do Master pelo BRB, estimada em R$ 2 bilhões, representaria uma das maiores transações de bancos no Brasil.

O Master apresentou um crescimento expressivo nos últimos anos, com um modelo de negócios considerado de alto risco. A instituição aumentou seu patrimônio em dez vezes e expandiu sua carteira de crédito cinco vezes nos últimos quatro anos, impulsionada pela emissão de Certificados de Depósito Bancários (CDBs) com taxas médias de até 140% do CDI.

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