Banco Central impulsiona Pix: transformação financeira e expansão do SFN no Brasil

Pix transforma economia brasileira: após 5 anos, o sistema bancário formaliza quase 1,3 bilhão de contas e impulsiona R$ 75,4 trilhões em transações.

3 min de leitura

(Imagem de reprodução da internet).

A Consolidação do Pix na Economia Brasileira

O Pix se estabeleceu como um elemento central da economia brasileira, cinco anos após seu lançamento. Inicialmente, o país enfrentava uma realidade marcada pela exclusão financeira, com cerca de 45 a 60 milhões de brasileiros à margem do sistema bancário tradicional.

Abrir uma conta era um processo complexo e custoso, e a maioria da população não se beneficiava de serviços bancários. As discussões sobre o futuro do mercado se concentravam em números absolutos, sem considerar a qualidade e a sustentabilidade das soluções.

As fintechs buscavam criar sistemas de pagamento P2P (peer-to-peer), de pessoa a pessoa, enquanto os grandes bancos se concentravam em fidelização e na proteção de seus relacionamentos. Essa competição, porém, carecia de coordenação e visão estratégica.

A agenda de inovação do Banco Central ganhou força, reorganizando o cenário de forma integrada e definitiva.

A pandemia de COVID-19 impulsionou a bancarização, com o auxílio emergencial abrindo caminho para milhões de novas contas. O Pix, lançado em novembro de 2020, transformou a bancarização formal em uso cotidiano, encerrando a disputa pelo valor agregado que cada cliente poderia trazer ao seu banco.

Essa combinação de fatores criou o mercado que conhecemos hoje, com o Brasil ultrapassando 200 milhões de pessoas conectadas formalmente ao Sistema Financeiro Nacional (SFN) e atingindo quase 1,3 bilhão de contas ativas.

Da Corrida ao Ecossistema Financeiro

Desde sua criação, o Pix movimentou R$ 75,4 trilhões, superando seis vezes o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. As transações instantâneas redefiniram a relação entre consumo, crédito e liquidez. A mudança mais significativa, no entanto, foi a transição do foco em captar clientes para a busca por eficiência e rentabilidade.

O potencial de escala gerado pela grande base de usuários desatendidos revelou a importância de atender melhor e construir acesso sustentável.

Essa transição amadureceu o mercado financeiro e de pagamentos, estabelecendo uma nova pauta para a década. O Pix não é um meio de pagamento que torna outros obsoletos, mas sim um catalisador para a formalização, a facilitação do uso cotidiano e a integração de soluções.

A construção de um sistema robusto depende da conexão de soluções e da criação de complementaridade.

Inovação e Eficiência no Ecossistema

O Banco Central tem expandido o uso do Pix, lançando funcionalidades como Pix Cobrança, Pix Saque, Pix Troco, Pix Agendado, Pix por Aproximação e Pix Automático. Além disso, o MED 2.0, que introduz rastreabilidade em casos de fraude, está previsto para fevereiro de 2026.

A evolução do Pix Parcelado, o Pix em Garantia, a Duplicata no Pix e o Pix por Aproximação Off-line também fazem parte da agenda do Banco Central.

O Pix deixa de ser visto como um produto isolado e passa a ser tratado como plataforma que sustenta a modernização, a interoperabilidade e mantém o mercado com a barra alta, focando em eficiência, rentabilidade e acesso real. O impacto do Pix reside na maturidade que impôs ao setor financeiro e de pagamentos do país.

A inovação responsável e a eficiência são a base do futuro.

Sair da versão mobile