Banco Master e BRB: Acareação e Suspeitas de Fraudes Financeiras Reveladas!
Polícia Federal investiga fraudes no Banco Master e BRB com suspeitas de contradições em depoimentos de Daniel Vorcaro e Paulo Henrique Costa. Caso tramita em sigilo no STF
A complexa situação envolvendo a liquidação do Banco Master pelo Banco Central (BC) e as suspeitas de fraudes financeiras que também envolvem o Banco de Brasília (BRB) está em uma nova etapa. Em 30 de julho, a Polícia Federal realizou oitiva de figuras-chave no caso, incluindo Daniel Vorcaro, controlador do Banco Master, Paulo Henrique Costa, ex-presidente do BRB, e Ailton de Aquino, diretor de Fiscalização do Banco Central.
A PF conduziu uma acareação entre os depoentes, procedimento utilizado quando há divergências significativas nas declarações.
Acareação e Divergências
Após as oitivas, a Polícia Federal identificou contradições nas versões apresentadas por Daniel Vorcaro e Paulo Henrique Costa, o que motivou a acareação entre apenas esses dois indivíduos. A delegada responsável pelo caso conduziu o procedimento após a conclusão dos depoimentos individuais.
Inicialmente, a acareação havia sido planejada para incluir os três depoentes, mas essa decisão foi revista.
Sigilo e Participação do BC
O caso tramita em sigilo no Supremo Tribunal Federal (STF), sob a relatoria do ministro Dias Toffoli. Apesar da oposição inicial do Ministério Público, o ministro manteve a condução do caso no STF e o sigilo da investigação, argumentando que a participação do órgão regulador poderia contribuir para o esclarecimento dos fatos.
Os depoimentos e a acareação foram realizados no STF, com acompanhamento de um juiz auxiliar e representantes do Ministério Público.
Investigação e Suspeitas
As investigações sobre o Banco Master iniciaram-se em 2024, após solicitação do Ministério Público Federal para apurar suspeitas de irregularidades no processo que levou à liquidação extrajudicial do banco. A investigação apura a venda de carteiras de crédito inconsistentes, que foram posteriormente substituídas por papéis sem avaliação técnica adequada, conforme fiscalização do Banco Central.
Liquidação Extrajudicial
Em 18 de novembro, o Banco Central decretou a liquidação extrajudicial do Banco Master e de sua corretora de câmbio, interrompendo um processo de venda da instituição que havia sido anunciado um dia antes. O banco vinha sendo monitorado pelo mercado devido ao seu modelo de negócios baseado na emissão de títulos com garantia do Fundo Garantidor de Créditos (FGC), oferecendo taxas acima da média do sistema financeiro.
Autor(a):
Redação
Portal de notícias e informações atualizadas do Brasil e do mundo. Acompanhe as principais notícias em tempo real