Bank of America destaca 7 ações brasileiras com potencial de lucro e resiliência

Investidores Focam em Sete Ações Brasileiras com Potencial

Analistas do Bank of America (BofA) identificaram um grupo de sete ações brasileiras que atraem a atenção de investidores, buscando retornos superiores à taxa Selic e com base em critérios de escala, lucratividade e crescimento. Essa análise se inspira no desempenho das chamadas “Sete Magníficas” – Apple, Microsoft, Alphabet, Amazon, Meta Platforms, Nvidia e Tesla – que têm dominado o mercado global.

O relatório do BofA destaca que as ações brasileiras selecionadas apresentam uma exposição setorial mais ampla, abrangendo os setores financeiro, industrial e de varejo. Diferentemente das empresas americanas, que estão fortemente focadas em tecnologia e inteligência artificial, essa diversificação pode conferir maior resiliência às ações em diferentes ciclos econômicos.

Critérios de Seleção e Desempenho Histórico

Os analistas do BofA estabeleceram critérios rigorosos para a seleção das ações, incluindo um retorno total acima da taxa Selic, uma capitalização de mercado superior a US$ 5 bilhões (equivalente a R$ 27 bilhões) e um histórico de desempenho consistente. Ao longo dos últimos 26 anos, as sete ações brasileiras superaram a Selic em 19 ocasiões, com exceção de períodos de crise econômica (2008 e 2015) e de alta das taxas de juros (2015, pandemia e 2024).

As Sete Ações Selecionadas

O grupo de ações escolhido inclui empresas como Petrobras (PETR4), Vale (VALE3), JBS (JBSS32), Banco do Brasil (BBAS3), Ambev (ABEV3), Bradesco (BBDC4) e Gerdau (GGBR4). Essas empresas são consideradas “inesquecíveis” devido à sua escala, liquidez e capacidade de gerar fluxo de caixa.

O relatório enfatiza que, apesar de representarem 33% do índice MSCI Brasil, esse grupo de ações tem perdido relevância nos últimos anos, apresentando um perfil mais orientado ao valor (avaliações mais baratas e menor crescimento) e em um cenário global de taxas de juros baixas.

Apesar disso, o BofA acredita que essas empresas podem se beneficiar em um ambiente de aumento das taxas de juros, quando estratégias focadas no valor tendem a superar o desempenho de ações em geral.