Belém Busca Ser Catalisadora na Luta Climática Global
O embaixador André Corrêa do Lago, presidente-designado da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30), lançou uma mensagem crucial às vésperas do início das negociações. Em sua décima e última carta à comunidade internacional, ele convoca os países a considerarem Belém como um “ciclo de ação” no enfrentamento da crise climática global.
A conferência, que começará nesta segunda-feira (10), representa um momento crucial para a retomada da colaboração entre nações.
A carta ressalta a importância de um processo de mudança conjunto, alinhando-se à trajetória de discussões iniciadas com a ECO-92 no Rio de Janeiro. O embaixador Corrêa do Lago enfatiza a necessidade de honrar essa continuidade, reconhecendo a capacidade da humanidade de cooperar e agir em conjunto diante da incerteza.
Ele destaca que a COP30 deve marcar um novo começo, restaurando a aliança entre a humanidade e o planeta, e entre gerações.
O documento delineia as prioridades centrais para a COP30: reforçar o multilateralismo e o regime climático, conectar o regime climático à vida real das pessoas e à economia real, e acelerar a implementação do Acordo de Paris. O embaixador Corrêa do Lago expressa o desejo de que as negociações de Belém evoluam para uma equipe coesa, capaz de canalizar a inteligência coletiva da humanidade em prol de um propósito comum: proteger sociedades, economias e ecossistemas.
Com a conclusão deste ciclo de palavras, o embaixador Corrêa do Lago convoca os países a transformarem o fórum de debate em um laboratório de soluções. A COP30 será a “COP da Verdade”, onde a decisão de mudar será baseada na escolha, e não na tragédia.
As negociações girarão em torno das Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs), metas de mitigação que os países se comprometem a alcançar.
Metas de Emissão do Brasil
O Brasil se comprometeu a reduzir suas emissões entre 59% e 67% até 2035, abrangendo todos os gases de efeito estufa e todos os setores da economia. Até o momento, 79 países já divulgaram suas NDCs, representando 64% das emissões globais. Os 118 países restantes, responsáveis por 36% das emissões, ainda não apresentaram suas metas.
