Belém do Pará é capital do Brasil na COP 30: simbolismo e política climática

Ao receber a Conferência do Clima da ONU (COP), entre os dias 11 e 21 de novembro, Belém do Pará se tornará a capital do Brasil. Essa medida, de caráter simbólico e temporário, não é inédita no país. Ao longo da história, outras cidades já exerceram essa função, demonstrando uma tradição de flexibilidade na sede do governo brasileiro.

Período das Capitais Oficiais

Desde a colonização portuguesa, o Brasil teve diferentes capitais oficiais. Salvador, Rio de Janeiro e Brasília foram as mais notáveis. Cada uma dessas cidades desempenhou um papel importante na história do país, refletindo transformações políticas e econômicas.

Cidades com Capitais Provisórias

Além das capitais oficiais, outras cidades já sediaram o governo brasileiro de forma provisória. Curitiba, Itu, Rio de Janeiro e Mombaça são exemplos de cidades que, em momentos específicos, exerceram essa função. Essas transferências geralmente tinham motivações políticas ou simbólicas.

Exemplos de Transferências Provisórias

Em 1969, Curitiba sediou temporariamente o governo federal durante a Ditadura Militar. Em 2017, Itu, São Paulo, recebeu a sede do governo por um dia, em homenagem à importância histórica da cidade na formação do Partido Republicano Paulista. O Rio de Janeiro também já foi capital provisória, em 1992, durante a Eco 92.

Mombaça, no Ceará, também sediou o governo por um dia, em 1989, em homenagem a Antônio Paes de Andrade.

Belém e a COP 30

Belém se tornará a primeira capital cerimonial do Brasil no século XXI, recebendo a COP 30. A escolha da capital paraense como sede simbólica do governo durante a conferência tem relevância política e destaca a importância do estado do Pará no contexto global das mudanças climáticas.