Black Friday: Golpes disparam e consumidores alertam sobre “Black Fraude”

Black Friday: Desconfiança e Fraudes Aumentam na Era Digital

Com a Black Friday se aproximando, o cenário de compras online se torna cada vez mais complexo, marcado por um aumento significativo de fraudes e desconfiança por parte dos consumidores. Essa crescente preocupação, apelidada de “black fraude”, tem ganhado força e exige atenção redobrada.

Um levantamento da Branddi, especialista em proteção de marcas no ambiente digital, revelou um aumento expressivo nas buscas por “black fraude”. Entre julho e setembro de 2025, houve um salto de 127% nas pesquisas, indicando uma mudança no comportamento do consumidor, que agora se mostra mais cauteloso antes de abrir o bolso.

Aumento de Ameaças Digitais

Os números são alarmantes. Em 2024, foram detectadas 105.567 novas ameaças digitais relacionadas à Black Friday, equivalendo a 1,7 mil por dia. Os setores mais afetados foram Varejo, Moda, Cosméticos e Pet. A prática se repete em datas de alto volume de compras, como o Dia do Consumidor de 2025, que registrou 100.518 novas ameaças.

Consumidores Mais Atentos, Mas Vulneráveis

Pesquisas indicam que 82% dos consumidores já se depararam com tentativas de golpe na internet. 25% relataram campanhas falsas que imitavam lojas oficiais, e 37,4% afirmaram ter caído em algum tipo de fraude recentemente. A segurança digital deixou de ser um diferencial e se tornou uma questão de sobrevivência.

Golpes e Estratégias Fraudulentas

A “black fraude” evoluiu, acompanhada de anúncios falsos, links patrocinados suspeitos e fretes inflados. O golpe ganhou endereço digital, inclusive através de QR codes. Além disso, surgiram novas modalidades de fraude, como phishing (e-mails e mensagens que capturam dados bancários) e o uso do Pix falso, onde o dinheiro é transferido para outra conta após a compra.

Como se Proteger

A Febraban sugere seis atitudes básicas: verificar o endereço (URL) antes de clicar, comprar em sites conhecidos e com boa reputação, desconfiar de preços muito baixos, checar o e-mail do remetente, nunca informar dados pessoais em links de promoções e pesquisar o histórico de preços antes de comprar. Em caso de golpe, é fundamental agir rápido: contatar o banco, tentar bloquear a transação, usar o MED, registrar boletim de ocorrência, informar o Procon e o consumidor.gov.br, trocar senhas e ativar a autenticação em dois fatores.

Guardar prints, links e e-mails também ajuda nas investigações.