O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) anunciou nesta segunda-feira (29) a aprovação de um empréstimo de R$ 1,13 bilhão para a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), representada por CSNA3. O objetivo principal dos recursos é a modernização da unidade da empresa localizada em Volta Redonda, no Rio de Janeiro.
Investimento em Modernização
Parte do valor já foi utilizada pela CSN, enquanto o restante será destinado à aquisição de máquinas e equipamentos. O BNDES detalhou que a operação se enquadra em uma linha de financiamento que cobre investimentos já realizados, caracterizando-se como um reembolso.
Redução de Emissões e Qualidade do Ar
O projeto da CSN, iniciado em 2023, visa cumprir obrigações estabelecidas em um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com o Instituto Estadual do Ambiente (INEA). A iniciativa visa a redução de emissões de poluentes e a melhoria da qualidade do ar na região de Volta Redonda.
Situação Financeira da CSN
A decisão do BNDES ocorre em um momento em que a CSN enfrenta pressões para diminuir seu endividamento. A agência de classificação de risco S&P havia colocado a recomendação de crédito da empresa em observação, diante de uma desaceleração na redução da alavancagem.
Venda de Participação na MRS
Recentemente, a CSN anunciou a venda de até 11,2% de sua participação na transportadora ferroviária MRS para a CSN Mineração (CMIN3), por R$ 3,35 bilhões.
Reembolso e Impacto Ambiental
Dos recursos a serem entregues pelo BNDES, R$ 625,8 milhões correspondem a reembolsos de investimentos realizados pela CSN, incluindo instalações de sinterização de minério de ferro com novos precipitadores e filtros. Essas medidas visam o reaproveitamento de matéria-prima e fortalecimento da cadeia produtiva nacional de equipamentos.
Segundo o diretor do BNDES, José Luis Gordon, o financiamento está alinhado com a política de descarbonização da indústria brasileira, com foco na melhoria da qualidade do ar em Volta Redonda e no benefício direto para a população local.
