BNDES libera R$ 1,6 bi em créditos para empresas; Trump aumenta tarifas
Presidente dos EUA aplica tarifas de 50% sobre exportações brasileiras no mercado americano em 30 de julho.
BNDES Aprovado Crédito para Empresas Diante de Tarifas Americanas
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) liberou R$ 1,6 bilhão em créditos para apoiar empresas brasileiras impactadas pelas tarifas de 50% impostas pelo governo dos Estados Unidos, em resposta a medidas implementadas pelo presidente Donald Trump.
Em 30 de julho, Trump assinou uma ordem executiva que estabeleceu as tarifas, juntamente com uma lista de isenções que beneficiou setores como aviação civil e laranja. Cerca de 3.800 produtos brasileiros estão sujeitos às sobretaxas.
O BNDES financiou 47 operações na linha Giro Diversificação, com foco na busca por novos mercados. As operações incluem exportação de café (R$ 108,9 milhões), açúcar (R$ 220 milhões), equipamentos elétricos (R$ 191,1 milhões), outros alimentos (R$ 249,7 milhões) e utensílios (R$ 79,5 milhões).
O tempo de análise e aprovação de projetos no Plano Brasil Soberano foi de, em média, 18 dias, inferior aos 60 dias médios no banco estatal.
Novas Tarifas Americanas Sobre Produtos Chineses
O presidente Donald Trump anunciou, através da plataforma Truth Social, a imposição de tarifas de 100% sobre todos os produtos chineses, além de controles de exportação sobre “qualquer e todo software crítico”. A medida entrará em vigor a partir de 1º de novembro de 2025.
O anúncio ocorreu após a ameaça de Trump de cancelar a reunião com o presidente chinês, Xi Jinping.
“Foi revelado que a China adotou uma posição agressiva no comércio, enviando uma carta hostil ao mundo, declarando que, a partir de 1º de novembro de 2025, iria impor controles de exportação em larga escala sobre praticamente todos os produtos que fabrica – e até mesmo sobre alguns que nem produz. Essa medida atinge todos os países, sem exceção, e foi obviamente planejada por eles há anos. Trata-se de algo totalmente inédito no comércio internacional e de uma vergonha moral no relacionamento com outras nações”, disse Trump.
As tarifas de Trump aumentariam os impostos de importação sobre produtos chineses para 130%, pouco abaixo dos 145% aplicados no início do ano, antes de ambos reduzirem as tarifas em uma trégua comercial.
Segundo Bruno Yamashita, analista de Alocação e Inteligência da Avenue, “o impacto principal será nas incertezas e instabilidade geopolítica, e não no preço, pois leva tempo para que o impacto no preço seja observado. Essa situação afeta os mercados como vimos hoje.”
