Bombril obtém aprovação judicial em plano de recuperação judicial em SP
Bombril obtém aprovação judicial em plano de recuperação! Juiz avalia regularidade fiscal da empresa, que também teve pedidos em 2003 e 2013.
A Bombril, detentora de marcas como Lã de Aço, Mon Bijou, Limpol, Sapólio e Pinho Bril, obteve a aprovação de seu plano de recuperação judicial pelo Poder Judiciário do estado de São Paulo. A decisão, proferida pelo juiz Ralpho Waldo De Barros Monteiro Filho, destaca a importância da regularidade fiscal para a continuidade do processo de recuperação.
Desafios Financeiros da Empresa
A empresa enfrenta um passivo considerável, com mais de R$ 2,3 bilhões em dívidas tributárias federais. A renegociação dessas dívidas é um processo paralelo e crucial para o plano de recuperação. O cumprimento das obrigações fiscais é um fator essencial para evitar a suspensão da recuperação judicial e a retomada de execuções de dívidas.
Regularidade Fiscal e Aprovação do Plano
A apresentação de uma certidão negativa de débito pela Bombril foi um dos pontos positivos na análise do juiz. A capacidade da empresa de manter seus pagamentos fiscais em dia foi considerada indispensável para a aprovação do plano de recuperação judicial.
Revisão de Cláusulas e Credores
Após a apresentação do plano inicial, os credores do grupo Bombril – Bradesco, RDR Transportes, Santander Brasil, Daycoval S/A, Banco ABC Brasil S/A, Martins Comércio e Serviços de Distribuição S/A, Ticket Soluções e Itaú Unibanco – levantaram ressalvas.
O juiz autorizou a realização de vendas de ativos ou reorganizações societárias, sem alterar as demais cláusulas do plano.
Histórico de Recuperações Judiciais
A recuperação judicial desta vez não é o primeiro pedido da Bombril. Em 2003, a empresa se reorganizou financeiramente após dificuldades com lançamentos de novos produtos. A conclusão da recuperação só ocorreu em 2006. Em 2013, a falta de recursos para produção e transporte levou à ausência dos produtos da Bombril nas prateleiras.
Em 2015, a empresa acumulou dívidas de R$ 900 milhões. A reestruturação final em 2017 permitiu que a empresa encerrasse o ano com resultados positivos, embora as dívidas antigas ainda não tenham sido totalmente quitadas.
Autor(a):
Redação
Portal de notícias e informações atualizadas do Brasil e do mundo. Acompanhe as principais notícias em tempo real