Bradesco (BBDC4) é o banco favorito com mudanças na poupança imobiliária

Banco Central reduz parte da poupança, permitindo mais empréstimos imobiliários para bancos privados.

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(Imagem de reprodução da internet).

Novas Regras em Crédito Imobiliário Podem Impulsionar Lucros Bancários

Alterações no modelo de crédito imobiliário, que permitem o uso de maiores valores dos depósitos da poupança para financiamentos, podem resultar em um aumento significativo nos lucros das instituições financeiras. Embora o impacto em termos percentuais seja considerado pequeno, a magnitude dos lucros, dada a expressividade dos bilionários lucros bancários, é considerável.

De acordo com o BTG, a proporção dos depósitos da poupança utilizada em financiamentos imobiliários, atualmente em 65%, aumentará gradualmente até atingir 100%. Essa mudança implica na redução da parcela que atualmente é depositada como compulsório no Banco Central.

Com essa alteração, os bancos tendem a obter maiores ganhos com a concessão de empréstimos. Atualmente, a poupança oferece uma rentabilidade de 6,2% ao ano, mais a Taxa Referencial (TR), enquanto os financiamentos imobiliários geram, para os bancos, aproximadamente 12% ao ano, também acrescido da TR.

Considerando apenas essa mudança no spread, ou seja, a diferença entre os juros cobrados nas duas aplicações, estima-se que os lucros bancários possam aumentar de 2% a 3% em 10 anos, caso a transferência total de recursos da poupança seja realizada integralmente. O Bradesco (BBDC4) projetou um ganho de 3%, enquanto Itaú (ITUB4) e Santander (SANB11) estimam 2%, conforme relatório do BTG.

No entanto, devido à natureza gradual da transição, o impacto imediato será menor. O Bradesco deve registrar um aumento de 0,8% em 2026, enquanto Itaú e Santander devem apresentar um ganho de 0,6% no mesmo período.

É importante ressaltar que o impacto final pode variar dependendo das taxas básicas da economia (Selic) e das condições macroeconômicas no médio e longo prazo.

A maior parte dos recursos provenientes da poupança (80%) será destinada ao Sistema Financeiro Habitacional (SFH), que segue regras do Governo Federal, incluindo um limite máximo de avaliação do imóvel de R$ 2,25 milhões e uma taxa de juros máxima de 12% ao ano, mais a TR. O restante (20%) será destinado ao Sistema de Financiamento Imobiliário (SFI), onde as condições são livremente negociadas entre o consumidor e o banco.

Considerando o potencial de crescimento limitado dos depósitos da poupança e o elevado custo de captação de recursos, com a Selic elevada, os bancos podem enfrentar dificuldades para obter financiamento dentro dos limites do SFH, o que pode afetar sua lucratividade.

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