Bradesco BBI eleva projeção para Hypera e vê potencial de valorização de 20,7%

Hypera Recebe Avaliação Positiva do Bradesco BBI

O Bradesco BBI elevou as estimativas para a Hypera (HYPE3) após os resultados positivos do terceiro trimestre. O banco revisou o preço-alvo das ações, agora projetando um valor de R$ 30, o que representa um potencial de valorização de 20,7% em relação ao fechamento de sexta-feira (7).

Anteriormente, o preço-alvo era de R$ 28.

Análise dos Resultados e Projeções

A farmacêutica Hypera reportou um lucro líquido de R$ 453,9 milhões no terceiro trimestre, superando em 10% as estimativas médias dos analistas, conforme dados da LSEG. O resultado também apresentou um crescimento de 22,6% em comparação com o mesmo período do ano anterior.

O lucro operacional, medido pelo Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado, atingiu R$ 756,2 milhões, um aumento de 34,7% na base anual e acima da expectativa do mercado, que era de R$ 755,8 milhões.

Fatores que Impulsionam a Recomendação de Compra

Os analistas Marcio Osako e Larissa Monte mantiveram a visão construtiva sobre a Hypera, reiterando a recomendação de compra. Eles destacam que o valuation da empresa é atrativo, com um múltiplo de 8,8 vezes o preço sobre lucro (P/L) projetado para 2026, inferior à média histórica de 11,5 vezes.

Além disso, a equipe aponta para gatilhos positivos, como o potencial lançamento de genéricos de semaglutida (GLP-1) e a manutenção dos incentivos fiscais de ICMS, que podem adicionar até 16% ao lucro projetado para 2027.

Projeções para 2026

Com base nessas análises, o Bradesco BBI manteve as projeções para a Hypera em 2026. O lucro líquido é estimado em R$ 1,8 bilhão e a geração de caixa deve somar R$ 1 bilhão no próximo ano. A equipe ressaltou que as projeções de lucro e geração de caixa para 2026 seguem, porém com maior qualidade, devido à redução no peso dos benefícios fiscais de ICMS.

Redução de Investimentos e Geração de Caixa

A expectativa também é de uma queda de 45% nos investimentos, estimada em R$ 250 milhões, o que representa 25% da geração de caixa projetada para 2026. Essa redução está relacionada à conclusão de aportes em matérias-primas (Buscopan), à nova planta institucional em Jundiaí e à ampliação da unidade de Itapecerica da Serra.