Bradesco lidera queda no Ibovespa após resultados trimestrais surpreendem
Ações do Bradesco (BBDC3 e BBDC4) lideram queda no Ibovespa após resultados trimestrais. Lucro de R$ 6,2 bi não satisfez o mercado.
Bradesco Registra Queda nas Ações no Ibovespa
As ações do Bradesco (BBDC3 e BBDC4) lideraram as maiores quedas no Ibovespa nesta quinta-feira (30), no início da tarde, após a divulgação dos resultados do terceiro trimestre. Às 14h31 (horário de Brasília), as ações ordinárias recuavam 2,31%, enquanto as preferenciais apresentavam uma queda de 2,55%.
Análise de Especialistas
Bruno Corano, economista e gestor da Corano Capital, atribuiu a queda do mercado a uma “irracionalidade”. Ele observou que, nos últimos anos, problemas relacionados ao crédito impactaram negativamente os papéis do banco, mas que a situação está melhorando com a nova gestão.
Corano ressaltou que o mercado, por vezes, espera resultados superiores aos apresentados, o que leva a uma reação desproporcional.
Bruno Rocio, assessor de Investimento na Raro Investimentos e advogado especialista em Planejamento Patrimonial, compartilha da mesma perspectiva. Rocio apontou que “parece ter faltado algo na visão dos analistas”, mesmo com o lucro líquido em linha com as expectativas do mercado.
Ele destacou que o retorno sobre o patrimônio (ROAE) ficou abaixo das projeções.
Resultados do Terceiro Trimestre
O Bradesco registrou lucro líquido recorrente de R$ 6,2 bilhões no terceiro trimestre de 2025, um aumento de 18,8% em comparação com o mesmo período de 2024. A expectativa, com base nas projeções da LSEG, era de R$ 6,05 bilhões. A instituição financeira encerrou o pregão com alta de 3,23%, atingindo R$ 18,83.
A administração do Bradesco afirmou que o banco deu “mais um passo no incremento da nossa rentabilidade”, mantendo os indicadores de inadimplência sob controle e priorizando o retorno ajustado ao risco. A carteira de crédito expandida teve alta de 9,6% na comparação anual e crescimento de 1,6% trimestre a trimestre.
As receitas totais do Bradesco foram de R$ 35 bilhões, com alta de 13,1% na comparação anual. A margem financeira total teve alta de 16,9% ano contra ano. O custo de crédito teve alta de 20,1% na comparação com o mesmo período de 2024, em 3,3%.
Autor(a):
Redação
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