Brasil e Paraguai buscam novo acordo para Itaipu e tarifas de energia

Brasil e Paraguai reúnem-se para revisar Anexo C da Itaipu. Negociações buscam alinhar tarifas e garantir operação da usina binacional nos próximos 50 anos.

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Foz do Iguaçu (PR), 02/01/2025 – Vista da hidrelétrica de Itaipu Binacional, a hidrelétrica foi criada em 26 de abril de 1973 e regida em igualdade entre Brasil e Paraguai. A usina está localizada no Rio Paraná, no trecho de fronteira entre o Brasil e o Paraguai, 14 km ao Norte da Ponte da Amizade, nos municípios de Foz do Iguaçu, no Brasil, e Hernandarias, no Paraguai. Foto: Joédson Alves/Agência Brasil

Brasil e Paraguai Retomam Negociações para Revisar Acordo da Binacional

Brasil e Paraguai retomaram as discussões na primeira quinzena de dezembro, visando revisar o Anexo C e as condições financeiras da comercialização de energia da usina hidrelétrica binacional Itaipu. O anúncio ocorreu após um encontro entre os chanceleres Mauro Vieira e Ramírez Lezcano, nesta segunda-feira (17).

As conversas, que foram interrompidas em abril, buscam solucionar divergências e estabelecer as bases para os próximos 50 anos de operação da usina.

O Anexo C define as regras financeiras e de comercialização da Itaipu. Após a quitação da dívida bilionária de construção em 2023, os países agora se concentram em definir as condições para a operação da usina, um empreendimento crucial para o abastecimento de ambos os países.

O Tribunal de Contas da União (TCU) alertou para os riscos da indefinição tarifária após 2026, que podem gerar incertezas para o setor elétrico brasileiro e impactar o planejamento das distribuidoras de energia. A agência enfatiza a importância de uma definição clara para garantir a estabilidade do mercado.

O novo acordo em discussão prevê uma redução tarifária significativa a partir de 2027, com valores entre US$10 e US$12 por quilowatt, representando uma queda de aproximadamente 30% em relação aos valores atuais. Até 2026, a tarifa permanecerá em US$19,28 por quilowatt.

A nova estrutura tarifária se concentrará exclusivamente nos custos operacionais da usina, sem incluir encargos relacionados à antiga dívida de construção.

A retomada das negociações visa estabelecer uma nova harmonia e alinhar os interesses dos dois países na gestão e comercialização da energia da Itaipu. A usina é responsável por suprir 8,6% do mercado elétrico brasileiro e 86,3% do mercado paraguaio, consolidando-se como um dos maiores empreendimentos binacionais da América do Sul.

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