Brasil humilha Coreia do Sul e arranca até R$ 20 milhões fora dos gramados!
Seleção brasileira recebe cachê milionário e direitos de TV em amistosos; bastidores do modelo de negócios revelados.

Goleada da Seleção Brasileira em Seul Gera Grandes Receitas para a CBF
A vitória do Brasil por 5 a 0 contra a Coreia do Sul, em Seul, na sexta-feira (10), não apenas proporcionou alegria aos torcedores e boas impressões para o técnico Carlo Ancelotti, mas também representou um significativo aumento nas receitas da Confederação Brasileira de Futebol (CBF).
O placar expressivo, marcado por Estêvão, Rodrygo (duas vezes) e Vini Jr, contribuiu para um importante resultado financeiro, relacionado ao valor obtido em jogos amistosos do tipo.
Estimativas, baseadas em contratos recentes e dados públicos, indicam que cada amistoso pode render entre R$ 17 milhões e R$ 20 milhões.
Cachê Milionário: O “Appearance Fee” da Seleção Brasileira
O principal componente dessa receita é o “appearance fee”, um cachê pago pela promotora responsável pelos jogos, como a Pitch International, que atuou em parte do projeto Brasil Global Tour.
Segundo o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, esse valor gira em torno de US$ 1,5 milhão por partida, mesmo em casos de cancelamento. Essa taxa cobre a presença da Seleção, a logística e o aparato necessário para levar o time principal ao exterior.
Essa estrutura faz parte de um modelo de negócios consolidado, onde empresas internacionais assumem os custos e riscos comerciais dos amistosos, repassando à CBF um valor fixo garantido por jogo.
Direitos de TV: A Outra Fonte de Receita da Seleção Brasileira
Além do cachê internacional, a CBF também lucra com direitos de transmissão. O contrato assinado com a TV Globo em 2023, que abrange eliminatórias e amistosos até a Copa de 2026, estipula um valor médio de R$ 9 milhões por partida transmitida no Brasil, conforme apuração do colunista Rodrigo Mattos (UOL).
Em comparação, entre 2010 e 2011, a CBF vendia amistosos avulsos por valores entre R$ 1,15 milhão e R$ 3,2 milhões. Essa disparada reflete o apelo comercial da Seleção, juntamente com o crescimento da audiência e da valorização dos direitos esportivos no país.
Modelo Brasil Global Tour: A Seleção como Produto Mundial
Durante anos, a Seleção Brasileira operou sob o guarda-chuva do projeto Brasil Global Tour, que transformou os amistosos em vitrines comerciais globais. Empresas como a ISE e a Pitch International eram responsáveis por toda a operação, desde a escolha dos adversários até a venda de ingressos e cotas de patrocínio locais.
Nesse formato, a CBF recebia um valor fixo (o “appearance fee”) e não assumia riscos financeiros. Os lucros variavam conforme público, patrocínios e bilheteria, mas a federação mantinha uma receita previsível.
Esse modelo explica como amistosos em locais como Seul, Singapura, Abu Dhabi ou Londres continuam sendo altamente rentáveis, mesmo fora de grandes torneios.
Jogadores: Sem Salário, Mas com Prestígio
Diferente do que muitos imaginam, os jogadores não recebem salário por vestir a camisa da Seleção em amistosos. Os vencimentos seguem sendo pagos pelos clubes, e a CBF só distribui bônus ou premiações em competições oficiais, como a Copa América ou a Copa do Mundo.
Nos amistosos, o ganho é simbólico: visibilidade, valorização de imagem e oportunidades comerciais associadas ao prestígio da Seleção.