Braskem (BRKM5) perde R$ 48,2 bi e retorna ao valor de 2009, aponta análise
Elos Ayta: Retomada acionária marca uma das maiores destruições de valor no Brasil

Braskem Registra Perda Histórica no Mercado Acionário
A trajetória da Braskem (BRKM5) alcançou um marco significativo, com o encerramento do pregão nesta segunda-feira (29). A petroquímica concluiu a sessão com uma desvalorização de R$ 5,69 bilhões, um valor comparável ao seu valor nominal em 29 de setembro de 2009, quando atingia R$ 5,68 bilhões.
Destruição de Valor Corporativo
Segundo levantamento da Elos Ayta, essa reversão para um nível similar após 16 anos representa uma das maiores destruições de valor em empresas do mercado acionário brasileiro nas últimas décadas. A situação da empresa é marcada por um estrangulamento causado por prejuízos, alta alavancagem e um consumo contínuo de caixa.
Aceleração da Desvalorização
A queda recente na cotação da Braskem tem se intensificado. Em apenas um mês, setembro de 2025, a empresa perdeu R$ 2,05 bilhões em valor de mercado. No acumulado do ano até o fechamento, a desvalorização totalizou R$ 3,77 bilhões.
Comparativo com o Auge
O market cap atual da petroquímica se aproxima do valor de mercado da Iguatemi (IGTI11). Em 2021, as ações da Braskem atingiram picos próximos a R$ 70, alcançando um valor de mercado de R$ 53,8 bilhões em setembro do mesmo ano. Desde então, a empresa acumulou uma destruição de valor de aproximadamente R$ 48,2 bilhões, um montante equivalente à soma de empresas como Equatorial (EQTL3) e Pão de Açúcar (PCAR3).
Risco de “Default”
Diante desse cenário, a Braskem enfrenta um risco considerável de “default” (calote), conforme avaliam diversas agências de classificação de risco, como Fitch Ratings e S&P Global Ratings. As duas agências revisaram as notas de crédito da empresa, justificando as decisões pelo persistente consumo de caixa e pela necessidade de amortizar dívidas com vencimento a partir de 2028.