Brava Energia e Eneva negam negociações de ativos e impacto nas ações

Brava Energia e Eneva Negam Negociações de Ativos

A Brava Energia (BRAV3) e a Eneva (ENEV3) emitiram comunicados oficiais para esclarecer rumores que circulavam no mercado desde ontem, 16 de maio. Ambas as empresas asseguraram que não há negociações em andamento envolvendo ativos de exploração e produção (E&P) pertencentes à Brava.

“Não há tratativas em curso com a Eneva S.A. para a alienação de ativos de E&P da companhia, embora a composição de portfólio e alocação de capital constituam parte permanente da análise estratégica da Brava”,” disse a Brava em comunicado oficial.

A Brava também informou que está ciente de potenciais interessados em adquirir ações de sua emissão, visando a formação de um bloco de controle. Os rumores surgiram após uma reportagem do Pipeline, do Valor Econômico, que mencionava a possibilidade de a Brava vender três poços de gás para a Eneva — uma operação estimada em cerca de US$ 450 milhões, com assessoria do Goldman Sachs.

Reação dos Investidores

A notícia gerou reações no mercado. Ontem, as ações da Brava fecharam o dia em alta de 2,47%, enquanto a Eneva recuou 2,97%.

Situação da Brava Energia

A Brava Energia, resultado da fusão entre 3R Petroleum e Enauta, enfrenta um momento delicado na bolsa. No acumulado de 2025, os papéis da companhia já registram uma queda de 40,4%.

Análise do Itaú BBA

Em relatório recente, o Itaú BBA reduziu o preço alvo da ação de R$ 28 para R$ 17 em 2026, mas manteve a recomendação outperform (equivalente à compra). O banco destaca que o próximo ano será desafiador, com crescimento limitado até a conclusão das campanhas de perfuração offshore e incertezas relacionadas à redução dos investimentos onshore.

“Reconhecemos que o curto prazo traz obstáculos, especialmente em um cenário de preços mais baixos do petróleo”,” afirmou o Itaú BBA.