BRICS acelera a criação do ‘Pix Global’ e causa preocupação em Trump; compreenda o Brics Pay e seus efeitos no dólar

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15/08/2025 16:27

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O Bloco BRICS intensificou os esforços na criação do Brics Pay, um sistema próprio de liquidação financeira entre os países do bloco Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul e outros emergentes.

A sugestão é que se facilite a transferência rápida, com menor custo e risco entre os países do bloco.

A plataforma ainda não teve seu formato divulgado, porém, especialistas indicam que poderá incluir tecnologias como blockchain, QR codes, carteiras digitais e um canal de mensagens entre bancos centrais, visando reduzir custos, riscos e tempo.

Apesar de chamado de “Pix Global”, o Brics Pay não é uma moeda única e não tem a intenção de ser. Opera dentro dos mecanismos financeiros existentes, porém com a ressalva que o dólar é excluído do sistema.

O bloco não está para brincadeira. Na 16ª Cúpula do bloco, em outubro de 2024, na Rússia, o grupo deu as boas-vindas a quatro novos membros: Egito, Etiópia, Irã e Emirados Árabes Unidos.

A mensagem é evidente: maior força coletiva, menor dependência do dólar.

Trump em modo alerta

O Bloco BRICS enfatiza integração e diminuição de custos nas transações financeiras em seu âmbito. Informalmente, a razão é evitar o uso do dólar.

É aí que os Estados Unidos acionam o alerta. Donald Trump, por exemplo, já deixou claro que considera qualquer iniciativa que contorne o dólar uma ameaça ao sistema financeiro norte-americano.

O presidente dos EUA, em declarações recentes, classificou o Brics como um grupo antiamericano e ameaçou aplicar tarifas de 10% sobre importações de países aliados ao bloco. Além disso, definiu tarifa de 50% sobre produtos brasileiros e instaurou uma investigação sobre o Pix, sob a acusação de prática discriminatória contra empresas norte-americanas.

Ele afirmou que “não se pode brincar com a economia que enfraquece o dólar”.

Em última análise, o BRICS é mais um capítulo do jogo geopolítico que confronta economias emergentes ao domínio do dólar norte-americano – e Trump sabe que, nesse tabuleiro, cada avanço pode ter um alto custo para os Estados Unidos.

Fonte por: Seu Dinheiro

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