Bruno Ferrari deixa comando da Oncoclínicas (ONCO3) em nova reforma

Bruno Ferrari busca novo papel na Oncoclínicas (ONCO3) após reestruturação. Novo CEO e conselho são buscados para impulsionar recuperação da empresa

3 min de leitura

(Imagem de reprodução da internet).

Reformulação na Oncoclínicas (ONCO3) em Busca de Novos Rumo

A Oncoclínicas (ONCO3) está passando por uma significativa transformação, com planos concretos para uma reformulação profunda em seu comando. Após um período marcado por decisões estratégicas questionáveis, dificuldades financeiras e queda nas ações, a empresa se prepara para uma nova fase de governança.

Segundo apuração do Seu Dinheiro, a Oncoclínicas está buscando executivos externos para revitalizar sua alta direção.

Os planos incluem uma sucessão do CEO, Bruno Ferrari, fundador e atual presidente, que passará a assumir um papel mais estratégico no conselho de administração. Essa mudança visa atender à demanda dos acionistas, buscando um novo ciclo de governança capaz de sustentar a recuperação da empresa.

Uma fonte próxima à companhia confirmou que a sucessão é “com certeza” nos planos, com expectativa de anúncio do novo CEO nas próximas semanas.

Reestruturação da Alta Diretoria

A reformulação não se limita ao cargo executivo. Todas as posições da alta diretoria estão sendo consideradas para mudanças. A prioridade inicial é a contratação de executivos de mercado com experiência em reestruturações e gestão de crises. “Todas as posições na alta direção estão sendo discutidas.

E a preferência, inicialmente, é por nomes de fora da empresa”, afirmou uma fonte de mercado.

Futuro do Fundador

Fundada em 2010 pelo médico oncologista Bruno Ferrari, em Belo Horizonte, a Oncoclínicas cresceu rapidamente, impulsionada por uma estratégia agressiva de aquisições e expansão. Essa ambição levou a empresa a se tornar um dos maiores grupos de oncologia da América Latina, incluindo movimentos ousados como a entrada no segmento hospitalar e parcerias com pagadores arriscados como a Unimed-Rio.

No entanto, parte dessa estratégia se mostrou equivocada, resultando na deterioração das finanças e na queda do valor para o acionista.

Esforços de Recuperação

A Oncoclínicas tenta reverter o quadro com um aumento de capital bilionário – o terceiro em apenas três anos – e iniciativas de desinvestimentos e renegociações para reduzir o endividamento e recuperar a geração de caixa. Gestores especializados, como a Starboard Asset, tentaram uma intervenção mais dura, incluindo a saída do fundador do comando direto.

Apesar da rejeição da proposta, Ferrari permaneceu no cargo, o que gerou críticas de investidores.

Novos Acionistas e Reforma Governança

A injeção de recursos redesenhou o mapa acionário da companhia, diluindo investidores como Banco Master, Goldman Sachs e a gestora Centaurus. Novos acionistas integraram o capital da empresa e demonstraram interesse em contribuir para o futuro da empresa. “Nada mais natural do que um conselho que seja consequência desse aumento de capital e que reflita a entrada de novos acionistas na estrutura da empresa”, disse um executivo próximo à operação.

A reforma governança é uma consequência do aumento de capital e da entrada de novos acionistas.

Destituição do Conselho e Nova Chapa

Um grupo de acionistas liderado pela gestora Latache – que detém cerca de 14% do capital da Oncoclínicas – solicitou formalmente a destituição dos atuais conselheiros e a eleição de uma nova chapa. Os termos apresentados incluem que Ferrari assuma, em um primeiro momento, a posição de presidente do conselho (chairman).

Fontes afirmam que o desenho final prevê o afastamento gradual do fundador da liderança direta da Oncoclínicas.

Para o mercado, a reforma governança é saudável, desde que o novo CEO seja “alguém capaz, sem conflitos de interesse e com autonomia” para não apenas servir a um dos acionistas de referência.

Conclusão

A reformulação da Oncoclínicas (ONCO3) representa um passo crucial para a empresa, buscando se reinventar e atrair novos investimentos. A mudança na liderança, juntamente com a renovação do conselho, visa fortalecer a governança e impulsionar a recuperação da companhia.

Sair da versão mobile