BTG identifica perspectiva de dezenas de bilhões em dividendos na Eletrobras (ELET3), e ação sobe
Os analistas do BTG mencionam como exemplos os momentos marcantes da CPFL, em 2021, ou da Copel, em maio de 2025.

A Eletrobras (ELET3) corre o risco de se tornar uma “vaca leiteira” na bolsa, e o anúncio recente de R$ 4 bilhões em dividendos para 2024 é o tipo de notícia que os investidores se lembrarão por anos. Pelo menos é o que aponta o BTG Pactual, em seu último relatório sobre a empresa.
Na tarde de segunda-feira (11), as ações ELET3 operam entre os maiores avanços do Ibovespa, com alta de 1,74%, a R$ 45,05. No ano, os papéis acumulam valorização de 32,50%.
Os analistas do BTG mencionam como exemplos os momentos marcantes da CPFL, em 2021, ou da Copel, em maio de 2025, quando o mercado reconheceu a nova abordagem dessas empresas na distribuição de seus resultados. A Eletrobras está trilhando o mesmo caminho e, aparentemente, está apenas começando, avalia o BTG.
Tanto a CPFL quanto a Copel já estavam pagando dividendos atrativos antes desses eventos, mas eles atuaram como os gatilhos que fizeram os investidores perceberem que estavam enganados sobre as projeções das empresas em relação à distribuição de capital, escreveram os analistas do banco.
Dezenas de bilhões em dividendos
As análises mais básicas indicam um potencial de dividendos que desperta entusiasmo. O banco estima que a Eletrobras possa distribuir entre R$ 74 bilhões e R$ 85 bilhões em dividendos acumulados até o final de 2030.
Em um cenário base de preço de energia de R$ 160/MWh e assumindo uma relação de alavancagem de 3x ou 3,5x entre a dívida líquida e o EBITDA.
Isso resultaria em um retorno anual de 14% a 16% nesse período. Além disso, essa projeção não contempla as vendas de ativos que a empresa possui e o potencial de certas receitas no cálculo do EBITDA.
A “estrada para os dividendos” não é um caminho sem obstáculos. É um processo com fases de crescimento e dificuldades, exigindo atenção constante.
Assim como levou tempo para a CPFL e a Copel serem plenamente reconhecidas como “ações de dividendo”, a nova mentalidade da Eletrobras também não será precificada de um dia para o outro, considera o BTG.
A ação continua com a classificação de “Compra” pelo banco, com um preço-alvo de R$ 60.
Fonte por: Seu Dinheiro