BTG Pactual busca incorporar Banco Pan à 100% e remover da B3

BTG Pactual busca incorporar integralmente o Banco Pan, liderado por André Esteves, transformando-o em subsidiária completa do grupo.

14/10/2025 9:51

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BTG Pactual busca incorporar Banco Pan à 100% e remover da B3
(Imagem de reprodução da internet).

BTG Pactual Incorpora Banco Pan em Operação de Capitalização

Na noite da última segunda-feira (13), o BTG Pactual (BPAC11) anunciou a incorporação integral do Banco Pan (BPAN4), especializado em crédito de veículos e consignado. A operação transformará o banco em uma subsidiária indireta do grupo.

O BTG utilizará suas próprias units BPAC11 como moeda de troca, em uma relação definida pelas cotações de mercado. O custo da incorporação, estimado em R$ 2,765 bilhões, representa um prêmio de aproximadamente 30% em relação ao valor de mercado das ações preferenciais do Pan na data da divulgação.

Relação de Troca e Benefícios para Acionistas

Atualmente, o BTG detém cerca de 77% do Pan, que atende principalmente clientes da classe C. A operação visa absorver as ações BPAN4 restantes no mercado, correspondentes a 21,6% do total de papéis emitidos e 44,9% das ações preferenciais, migrando os acionistas do Pan para a base acionária do BTG.

Como contrapartida, os acionistas do Pan receberão units BPAC11, compostas por uma ação ordinária e duas preferenciais classe A. A relação de troca estabelece que cada 4,7 ações preferenciais BPAN4 se transformarão em uma unit BPAC11, com um valor de 0,2128 unit do BTG.

Motivações e Impactos da Incorporação

O BTG Pactual se tornou sócio do Banco Pan em 2011, assumindo o controle pleno em 2021 após adquirir a fatia pertencente à Caixa Econômica Federal. A decisão de consolidar as instituições se baseia em sinergias operacionais e estratégicas, visando criar uma instituição financeira listada com uma gama mais ampla de produtos, aumentar a eficiência, diversificar o portfólio e ganhar escala.

A incorporação também simplificará a estrutura administrativa e societária do grupo, reduzindo custos redundantes e facilitando o acesso a capital para os planos de crescimento do BTG. A instituição destaca que não prevê custos relevantes para implementar a transação, mesmo considerando as despesas com assessoria, e não vê grandes riscos para a implementação da operação, dependendo de aprovações regulatórias.

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