CEO da Ambipar (AMBP3) reduz participação acionária após pressão de credores
Executivo anuncia redução da participação na Ambipar (AMBP3), queda de 73,48% para 67,68% no capital social total.
Ambipar (AMBP3) Enfrenta Crise com Redução de Participação e Busca por Recuperação Judicial
A Ambipar (AMBP3) está passando por um período de instabilidade, marcado por uma significativa redução na participação acionária do seu controlador, Tércio Borlenghi Junior, e uma busca por recuperação judicial. O cenário se desenrola em meio a pressões financeiras e disputas com credores, como o Deutsche Bank.
De acordo com um fato relevante divulgado nesta sexta-feira (10), Borlenghi informou que sua participação na empresa de soluções ambientais diminuiu de 73,48% para 67,68%. Essa redução ocorreu devido à venda de ações, tanto por ele quanto pela Genial Investimentos/Grupo Opportunity, em um curto espaço de tempo e em desacordo com uma ordem judicial do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro.
A venda irregular de ações, estimada em aproximadamente R$ 20 bilhões, gerou preocupação no mercado. A ordem judicial busca, em primeiro lugar, suspender cláusulas contratuais que impõem o vencimento antecipado das dívidas do Grupo Ambipar e suas partes relacionadas, e também determinar a não exigibilidade de todas as obrigações relacionadas aos respectivos instrumentos contratuais.
A situação da Ambipar se agrava com a pressão dos credores, que exigem um aditivo de US$ 35 milhões do Deutsche Bank, um dos principais credores da empresa. Essa exigência pode levar a um efeito cascata de obrigações financeiras que poderiam atingir até R$ 10 bilhões. A empresa busca proteção judicial para evitar esse cenário.
Apesar de apresentar uma posição de caixa de R$ 4,7 bilhões no segundo trimestre, a Ambipar recorreu à proteção judicial, alegando que está se protegendo de um efeito cascata de vencimento das suas dívidas. A busca por recuperação judicial, prevista para a próxima semana, visa reestruturar a dívida e evitar a crise financeira.
