Cientistas chineses encontram manto lunar mais frio no lado oculto da Lua

Temperatura de 1.400 °C surpreende em manto do lado oculto da Lua, descoberta publicada na Nature Geoscience.

06/10/2025 18:59

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Descoberta Inédita Revela Manto Lunar Mais Frio no Lado Oculto

A Administração Espacial Nacional da China (CNSA) e a Agência Chinesa de Energia Atômica (CNAEA) divulgaram os resultados de pesquisas conduzidas pelo Instituto de Geologia de Pequim, pela Universidade de Pequim e pela Universidade de Shandong. A análise de amostras coletadas pela missão Chang’e-6, que pousou no lado oculto da Lua, apresenta uma descoberta significativa sobre as diferenças estruturais entre os dois hemisférios lunares.

Manto Lunar Mais Frio: Uma Análise Inédita

As análises revelaram que o manto lunar na região do lado oculto é mais frio do que o do lado visível. Essa descoberta inédita amplia o conhecimento sobre as variações estruturais entre os dois hemisférios da Lua. Os resultados foram publicados no site da revista científica Nature Geoscience.

Métodos Confirmam Cristalização a 1.100 °C

A equipe de pesquisa identificou a presença de clinopiroxênio, plagioclásio e outros minerais típicos nos basaltos. Utilizando três termobarômetros distintos, calcularam a temperatura e a pressão de cristalização desses minerais. Para validar os resultados, os cientistas também simularam o processo de cristalização do basalto Chang’e-6 em um modelo petrológico.

Consistência nos Resultados: 1.100 °C de Cristalização

Quatro métodos distintos forneceram resultados consistentes: a temperatura de cristalização do material do lado oculto é de aproximadamente 1.100 °C. Essa temperatura é cerca de 100 °C inferior às amostras do lado visível, como as obtidas pela missão Chang’e-5. A análise detalhada dos minerais e a simulação petrológica reforçaram a validade da descoberta.

Diferença Térmica de 70 °C Entre Hemisférios

Os cálculos indicaram que o manto do lado oculto atinge cerca de 1.400 °C, enquanto o do lado próximo chega a aproximadamente 1.500 °C. Para confirmar essa diferença térmica, a equipe utilizou dados de sensoriamento remoto, comparando áreas basálticas nos dois hemisférios da Lua. A análise revelou uma diferença média de 70 °C, corroborando os resultados obtidos nas amostras da missão Chang’e-6.

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