Uma paralisação significativa ocorreu em operações de derivativos nesta sexta-feira (28), devido a um problema técnico no CME Group, principal operador de bolsas e contratos futuros a nível mundial. A falha afetou negociações de câmbio e futuros relacionados a moedas, commodities, títulos do Tesouro e ações, congelando parâmetros de referência e levando corretoras a suspender a oferta de diversos produtos.
A instabilidade começou no início do pregão asiático e persistia por volta das 11h20 GMT (8h20 em Brasília) no momento da ocorrência.
Religação Parcial dos Sistemas
A Chicago Mercantile Exchange conseguiu restabelecer algumas plataformas após aproximadamente nove horas de paralisação. O EBS, ambiente de negociação de câmbio, voltou a funcionar no horário de Londres por volta do meio-dia. Apesar disso, os principais mercados futuros globais, que abrangem ações, taxas de juros e commodities, continuavam indisponíveis.
Causa da Pane
Segundo o CME Group, a falha teve origem em um problema de refrigeração em instalações da CyrusOne, empresa de data centers. A instituição informou que está trabalhando para restabelecer os serviços em “curto prazo”. A CyrusOne confirmou que o incidente ocorreu em seu data center CHI1, localizado em Chicago, e impactou clientes corporativos, incluindo o CME.
Impactos nos Mercados
Com a interrupção, diversas plataformas do CME ficaram fora do ar. O último posicionamento divulgado às 11h00 GMT (8h em Brasília) indicou que apenas os sistemas Brokertec U.S. Actives e Brokertec EU, focados em renda fixa, permaneciam acessíveis.
Os demais mercados continuavam inoperantes. Corretoras europeias relataram a impossibilidade de oferecer negociação em contratos específicos, ampliando o impacto sobre estratégias de hedge e liquidez em diversas classes de ativos.
Reavaliação da Infraestrutura de Mercados
A extensão da paralisação reacende debates sobre a dependência dos mercados globais de infraestrutura tecnológica privada e os riscos operacionais associados a ambientes de negociação eletrônica. O incidente destaca a importância da resiliência e da diversificação na gestão de sistemas críticos para o funcionamento dos mercados financeiros.
