Confederação aponta 4ª queda no faturamento industrial em 6 meses

Confederação aponta queda em horas, salário e rendimento, mas emprego se mantém estável no Brasil. Saiba mais no Poder360.

07/10/2025 12:07

1 min de leitura

Confederação aponta 4ª queda no faturamento industrial em 6 meses
(Imagem de reprodução da internet).

Faturamento da Indústria Brasileira Queda em Agosto

O faturamento da indústria brasileira apresentou uma retração de 5,3% em agosto, em comparação com julho, registrando a quarta queda consecutiva nos últimos seis meses. Os dados foram divulgados nesta terça-feira, 7 de outubro de 2025, pela pesquisa Indicadores Industriais, elaborada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).

Desaceleração do Crescimento Anual

A retração impactou o desempenho acumulado do setor no ano. O crescimento que atingia 5,1% até julho desacelerou para 2,9% na comparação dos primeiros oito meses de 2025 com o mesmo período de 2024.

Outros Indicadores Apresentam Resultados Negativos

Outros indicadores também registraram resultados negativos em agosto. As horas trabalhadas na produção diminuíram 0,3%. A massa salarial real e o rendimento médio dos trabalhadores apresentaram quedas de 0,5% e 0,6%, respectivamente.

Indicadores Positivos em Meio à Queda

Em contrapartida à tendência de queda, dois indicadores mostraram avanços. O emprego permaneceu estável pelo quarto mês seguido, após 18 meses de altas consecutivas até abril. A utilização da capacidade instalada avançou 0,2 ponto percentual, atingindo 78,7%.

Análise da Especialista da CNI

Segundo Larissa Nocko, especialista da CNI, a queda no faturamento é resultado de uma combinação de fatores, incluindo os altos juros, que limitam o acesso ao crédito, e a concorrência com produtos importados. “A valorização do real torna os produtos brasileiros mais caros no exterior, afetando as empresas exportadoras”, declarou.

Resultados Acumulados de Janeiro a Agosto

No acumulado de janeiro a agosto de 2025, em comparação com o mesmo período de 2024, as horas trabalhadas cresceram 1,6% e o emprego avançou 2,2%. Já a massa salarial e o rendimento médio registraram recuos de 2% e 4,1%, respectivamente.

Autor(a):