Copasa: Ação CSMG3 pode valer R$ 50 com aprendizado da Sabesp, alertam analistas
Copasa atrai investimentos: Analistas preveem valorização com 2 condições cruciais.

Análise do BTG Pactual Sobre a Copasa (CSMG3)
O BTG Pactual mantém uma visão otimista sobre o potencial de valorização da Copasa (CSMG3), apesar do salto expressivo das ações em 2025. Os analistas do banco estimam um potencial de alta de 48%, projetando que as ações possam chegar a R$ 50, considerando as condições e lições aprendidas com a Sabesp (SBSP3).
Fatores que Impulsionam a Avaliação
A análise do BTG se concentra em diversos fatores, incluindo a percepção de que muitos investidores já incorporaram a expectativa de privatização da Copasa no preço das ações. Além disso, o banco destaca a necessidade de a empresa mineira aprender com a Sabesp, trilhando um caminho similar.
Comparativo com a Sabesp
O BTG avalia que a Copasa possui vantagens que podem gerar um valor significativamente maior se o modelo regulatório for aprimorado, como o crescimento da RAB líquida e a redução de despesas operacionais (Opex) em relação à RAB líquida. Em 2024, a RAB líquida da Copasa era estimada em R$ 15,1 bilhões, enquanto a da Sabesp somava R$ 86,9 bilhões.
Potencial de Valorização
Com base nesses fatores, o BTG estima que, se a Copasa operar sob o mesmo marco regulatório da Sabesp, seu valor justo poderia chegar a R$ 50 por ação, o que corresponde a um EV/RAB de 1,44 vez para 2025. Esse cenário considera que a empresa consiga reter cerca de 15% das despesas operacionais como ganho de eficiência.
Privatização e Melhorias Regulatórias
Para que esse potencial se concretize, é necessário que a privatização avance e melhorias regulatórias sejam implementadas. A semana passada marcou um passo importante da Copasa (CSMG3) rumo à privatização, com a entrada em tramitação do projeto de lei na Assembleia Legislativa de Minas Gerais.
Avanços na Privatização
O governo de Minas Gerais terá até o final de outubro para aprovar todas as medidas legislativas necessárias ao processo de integração do Programa de Pleno Pagamento de Dívidas dos Estados (Propag), que prevê a amortização de dívidas com o governo federal. Além disso, o governo mineiro terá até o final de novembro para apresentar ao governo federal quais empresas pretende privatizar ou federalizar para atender parte da renegociação da dívida.
Eventos-Chave para a Redução de Risco
Esses acontecimentos representam “eventos-chave para a redução de risco e aumentam significativamente a probabilidade de privatização”, na visão do Itaú BBA. A análise do BTG Pactual demonstra um cenário otimista, mas que depende de fatores externos, como a aprovação da privatização e a implementação de melhorias regulatórias.