Copasa Contrata Consultorias para Avaliar Desestatização e Privatização

Copasa Contrata Consultoria para Avaliar Possíveis Desestatizações

A Companhia de Saneamento de Minas Gerais (CSMG3) firmou contratos com consultorias para analisar diferentes cenários relacionados à possível desestatização da empresa. A informação foi divulgada pelo Pipeline, do Valor Econômico, e confirmada pela própria companhia nesta segunda-feira (17). Às 16h11 (horário de Brasília), os papéis da companhia apresentavam uma queda de 0,89%, com o valor da ação cotado em R$ 39.

Análise do Modelo de Desestatização

A CSMG3 contratou a consultoria Ernst & Young para estudar o modelo de desestatização, considerando opções como leilão ou uma oferta pública subsequente (follow-on) na bolsa de valores, similar à experiência da Sabesp (SBSP3). Adicionalmente, a empresa contratou o escritório Stocche Forbes para assessoramento jurídico nesse processo.

Projeto de Lei em Análise

A privatização da Copasa já estava sendo discutida. Em agosto de 2025, um Projeto de Lei (PL) que propõe a privatização da companhia foi apresentado na Assembleia Legislativa de Minas Gerais. Segundo o Pipeline, o PL está programado para ser avaliado hoje pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) estadual.

Novos Mecanismos de Proteção

O novo projeto de lei, ainda em desenvolvimento, propõe mecanismos de proteção caso a empresa perca o controle. Isso inclui o poder de veto do Estado em decisões estratégicas, o cumprimento de metas de qualidade na prestação de serviços e a possibilidade de renegociação dos contratos com os municípios.

Cronograma e Expectativas

A Copasa possui um valor de mercado de R$ 14,96 bilhões na bolsa de valores. A expectativa é que a oferta de privatização seja uma das maiores do próximo ano, com o objetivo de ser concluída até o primeiro trimestre de 2026, considerando a possível candidatura do governador Zema à presidência da República.

Contratações como Etapa Inicial

A empresa informou que a contratação de consultores e assessores visa à organização, coordenação e execução de estudos e análises alternativas relacionadas à eventual desestatização. A CSMG3 ressaltou que essas contratações não representam uma decisão definitiva, dependendo da autorização da Assembleia Legislativa de Minas Gerais e das deliberações do acionista controlador, o governo estadual.