Correios buscam R$ 12 bilhões em empréstimo para evitar prejuízo bilionário
Correios buscam R$ 12 bilhões para reestruturação financeira. Governo e bancos avaliam aporte para estatal, que registrou prejuízo de R$ 6,05 bilhões em 2024.
Os Correios enfrentam um cenário de prejuízo bilionário e buscam alternativas para reequilibrar suas finanças. Enquanto o governo avalia estratégias para a estatal, um grupo de cinco bancos propôs um empréstimo de R$ 12 bilhões. A proposta ainda está sob análise do Tesouro Nacional, que atuará como avalista da operação.
Os bancos envolvidos na oferta são Caixa, Banco do Brasil, Bradesco, Itaú e Santander.
Entrada da Caixa no Processo
A participação da Caixa Econômica Federal no grupo de instituições dispostas a emprestar os recursos impulsionou as negociações. Com o financiamento, a empresa pretende quitar uma dívida de R$ 1,8 bilhão, honrar pagamentos a fornecedores em atraso e implementar um Programa de Desligamento Voluntário (PDV) para 15 mil funcionários.
Posicionamento do Governo
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, informou que as negociações estão avançadas e que o governo pode fazer um aporte na estatal, desde que dentro do arcabouço fiscal. Ele ressaltou que a busca por soluções para a empresa é um caminho seguido mundialmente, com a adição de novos serviços além do tradicional postal, como produtos financeiros e seguros.
Novo Mecanismo para Estatais
Em meio à crise, o governo Lula editou um decreto que permite que estatais não dependentes com dificuldades operacionais apresentem um plano de reequilíbrio econômico-financeiro, com a possibilidade de aporte futuro do Tesouro. O objetivo é criar um caminho estruturado para que empresas estatais federais enfrentem desafios sem serem reclassificadas como dependentes do governo.
Desafios e Metas dos Correios
Os Correios registraram um prejuízo de R$ 6,05 bilhões de janeiro a setembro de 2024 e um rombo ainda maior desde 2022, de R$ 10 bilhões. Para alcançar o ponto de equilíbrio em 2027, a empresa precisará de um ajuste entre R$ 6 bilhões e R$ 8 bilhões em seu orçamento anual, com cortes de gastos e aumento de receitas.
A meta é retornar ao lucro em 2027, conforme declarado pelo presidente da empresa, Emmanoel Rondon.
Autor(a):
Redação
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