Cosan busca injetar capital com BTG e Perfin

BTG, Perfin e holding Ometto são investidores-âncora, garantindo compra lote inicial em acordo de investimentos.

2 min de leitura

(Imagem de reprodução da internet).

Cosan Busca R$ 10 Bilhões em Nova Emissão de Ações

A Cosan (CSAN3), conglomerado com atuação nos setores de açúcar, energia, logística e outros, planeja captar até R$ 10 bilhões por meio da emissão de novas ações. A empresa buscará fortalecer sua posição financeira e reestruturar sua dívida.

Etapas da Emissão

O plano de emissão será realizado em duas etapas. Inicialmente, a empresa pretende levantar até R$ 1,45 bilhão com a oferta de 1,45 bilhão de novas ações ordinárias. Caso haja demanda, a emissão poderá ser aumentada em até 25%, totalizando 362,5 milhões de ações adicionais.

Uma segunda oferta subsequente, destinada a investidores profissionais, também está prevista, com um limite total de emissão de 2 bilhões de ações.

Investidores-Âncora e Processo de Bookbuilding

O BTG Pactual Investment Banking coordenará a operação, com o Bradesco BBI, Santander e Itaú BBA participando do esforço de colocação das ações no exterior. Investidores-âncora, como BTG, Perfin e a holding da família de Rubens Ometto, já garantiram a compra de um lote inicial, representando uma captação de R$ 7,25 bilhões, a um preço fixado em R$ 5 por ação – um desconto de mais de 18% em relação ao valor do fechamento de ontem, de R$ 6,16.

O preço final das ações será definido por meio de um processo de “bookbuilding”, onde a empresa sondará potenciais investidores para determinar a demanda e o preço adequado.

Impacto na Estrutura Acionária

A emissão de ações mais que dobraria o número de ações emitidas pela empresa, atualmente em 1,87 bilhão, com 36% nas mãos dos controladores. O conselho aprovou o aumento do limite do capital social para até 8 bilhões de ações ordinárias, permitindo a realização das ofertas.

Essa etapa inicial faz parte de uma estratégia para fortalecer o caixa da Cosan, renegociar dívidas e reduzir a alavancagem financeira.

Acordo de Acionistas e Diluição

Além de fortalecer os acionistas controladores, com um acordo de acionistas de 20 anos prevendo a sucessão de Rubens Ometto, a operação visa rechear o caixa da empresa. A Aguassanta, veículo de investimentos de Ometto, manterá 50% + 1 das ações vinculadas ao acordo por seis anos.

Uma preocupação é a diluição dos acionistas minoritários, que podem ter sua participação reduzida na oferta, dependendo da forma como participam da nova emissão.

Sair da versão mobile