Após um longo período de análise interna, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) formalizou sua decisão: o controlador da Ambipar (AMBP3), Tércio Borlenghi Junior, não será obrigado a realizar uma Oferta Pública de Aquisição (OPA) das ações de minoritários.
Essa conclusão encerra um debate que acompanhou de perto o mercado financeiro nos últimos meses, envolvendo diferentes perspectivas dentro da autarquia.
A área técnica da CVM havia levantado a possibilidade de que as compras de ações realizadas em conjunto com fundos ligados ao Banco Master e ao empresário Nelson Tanure justificassem a extensão da OPA aos acionistas minoritários. Essa análise, no entanto, não prevaleceu.
A diretoria da CVM rejeitou o pedido de reconsideração, mantendo a decisão anterior. A decisão unânime consolida a posição tomada anteriormente, afastando a possibilidade de uma OPA obrigatória por parte do controlador da Ambipar.
Em paralelo, a CVM iniciou um inquérito para investigar possíveis irregularidades relacionadas à manipulação de preços das ações da Ambipar, envolvendo o fundador da companhia e fundos ligados ao Banco Master, conforme reportagem do jornal O Globo.
