CVM exige refazer balanços da Marisa (AMAR3) e ações sobem 4% na B3

CVM exige que Marisa corrija demonstrações financeiras de 2022 a 2024 e formulários trimestrais até 2025.

03/10/2025 13:38

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Marisa (AMAR3) Necessita Refazer Balanços Após Determinação da CVM

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) determinou que a Marisa (AMAR3) revise seus balanços dos anos de 2022 a 2024, além dos formulários de informações trimestrais de 2023 a 2025. A medida surge devido à necessidade de constituição de provisões para processos tributários envolvendo a M Serviços, controlada indireta da varejista e responsável por serviços de balcão das lojas.

Provisões e Impacto nos Balanços

Provisões são valores destinados a cobrir obrigações futuras prováveis, mas ainda não totalmente definidas. A CVM exige que a Marisa incorpore essas provisões em seus balanços, o que pode alterar indicadores financeiros da empresa. A decisão da reguladora impacta diretamente a forma como a Marisa apresenta sua saúde financeira.

Reação da Marisa e da CVM

A Marisa respondeu à determinação da CVM afirmando que, nas notas explicativas do balanço de 31 de dezembro de 2024, seus assessores jurídicos classificaram a probabilidade de perda dos processos tributários como “possível”. Sob as normas contábeis, essa classificação não exige a constituição de provisão. A empresa também destaca uma decisão administrativa favorável, que fundamentou a não constituição de provisão até o momento.

Desafios Contábeis e Valorização das Ações

Apesar da posição da Marisa, a área técnica da CVM mantém a necessidade do reconhecimento das provisões. A Marisa informou que avaliará a decisão da CVM e, se necessário, poderá entrar com recurso solicitando a suspensão imediata da exigência de refazer os balanços. Recentemente, a auditoria da BDO apontou que o passivo não circulante da Marisa está subavaliado e o patrimônio líquido superavaliado em R$ 195,6 milhões. O prejuízo do exercício de 2024 também foi subavaliado em R$ 40,9 milhões. A Marisa vale atualmente pouco mais de R$ 600 milhões na B3.

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