CVM investiga tempo da OPA da Alliança Saúde liderada por Nelson Tanure

Reabertura de Investigação da OPA da Alliança Saúde

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) retomou uma investigação sobre a oferta pública de aquisição (OPA) da Alliança Saúde (ex-Alliar) realizada pelo empresário Nelson Tanure. O foco da análise é o fundo Fonte de Saúde FIP Multiestratégia, administrado pela Trustee DTVM, e a MAM Asset Management, gestora pertencente ao grupo do Banco Master.

A investigação, iniciada em 2022, busca apurar possíveis irregularidades no processo, especialmente em relação ao tempo decorrido entre a conclusão da OPA e sua efetivação.

Participações em Alliança

A Alliança Saúde possui diversas participações acionárias, incluindo o fundo Lormont Participações (46,19%), YVRAC FIP (10,86%) e FIP Saúde Crédito (9,14%). A OPA de Nelson Tanure, que culminou na aquisição de mais de 93% das ações da companhia em agosto de 2023, elevou a participação do empresário para 98%.

A análise da CVM se concentra no tempo que se passou desde a conclusão da OPA, questionando se o prazo estabelecido pela regulamentação foi respeitado.

Tempo da Investigação

O processo sancionador, instaurado em novembro de 2023, tem como principal objetivo apurar a responsabilidade do fundo Fonte de Saúde e da MAM Asset Management. A CVM questiona se a demora na realização da OPA, após a caracterização da alienação de controle, foi justificada.

A regulamentação exige que a oferta seja protocolada em até 30 dias após a data da alienação, e a análise da CVM se concentra na não observância desse prazo.

Defesa e Reação

Nelson Tanure, por meio de nota, afirmou desconhecer qualquer processo sancionador sobre o tema, alegando que a OPA seguiu o curso natural previsto na legislação e foi aprovada pelos órgãos de controle. A MAM Asset Management também se manifestou, mas a análise da CVM se concentra no tempo decorrido desde a conclusão da OPA.

A demora na análise levanta questionamentos sobre o momento da abertura do processo sancionador, especialmente considerando o foco recente nas investigações envolvendo o Banco Master, ao qual a MAM Asset Management está ligada.

Apesar da defesa dos envolvidos, a análise da CVM se concentra no tempo decorrido desde a conclusão da OPA, o que gera dúvidas sobre o andamento da investigação e o futuro da análise.